O Slinky e a Maggie
juntaram-se hoje mais uma vez para treinarem num convidativo jardim, aproveitando
um dia de sol que rapidamente afastou o frio. Depois do treino do “quieto”, com
imensas pessoas a passar e cães em correrias, o Rottweiler e a Bull Terrier,
que em tudo fazem lembrar a dupla mítica “Bonnie and Clyde” que Hollywood
imortalizou, por serem tão chegados e cúmplices, foram convidados para subir e
descer umas escadas de cimento em caracol sensivelmente elevadas a 3 metros de
altura.
Demos algum descanso à
Maggie e optámos por ensinar ao Rottweiler obstáculos típicos dos “percursos de
evasão”, começando pelo salto de uma cerca elevada a 110 cm do solo, primeiro à
trela e depois em liberdade. Como o Rottweiler não pára de crescer em tamanho
e qualidade, o seu condutor não lhe dá descanso e vota-nos à mesma sorte.
E como não há duas sem
três e a cabeça do Tomás não pára, vimo-nos obrigados a introduzir o bom do
Slinky às “verticais cruas”, capacitando-o a transpor também em liberdade uma
com 100 cm de altura e dificultada pela irregularidade do solo ao seu redor,
conforme é possível verificar-se na foto seguinte.
Aproveitamos um dos
momentos de repouso e de supercompensação para reforço do comando de “quieto” à
distância e carente de algum equilíbrio, convidando a Maggie para permanecer
imóvel sobre um aparelho de musculação para humanos que se encontrava vacante.
Também os donos precisaram
de descanso e descontracção, correndo de imediato atrás dos seus sonhos de
criança, quando procurarem uns baloiços e neles se divertiram, revivendo
traquinices, brincadeiras e deleites que o tempo ainda não apagou e que trazem
boas memórias e felicidade (os “meninos” ficaram bem na fotografia e a Maggie
não parece satisfeita).
Importava depois ensinar a
Bull Terrier a escapulir-se por debaixo de viaturas automóveis visando a sua
fuga e salvaguarda. O Rottweiler deu o exemplo e a Maggie desenvencilhou-se dum
Land
Rover Defender com a maior das limpezas e em alta velocidade.
Com o Slinky já aprovado e
habilitado com distinção no instinto de presa, decidimos convidar a Bull
Terrier para idêntico trabalho, convite a que a menina não se fez rogada e deu
mostras do seu agrado, considerando a prontidão, persistência e ímpeto dos seus
arranques.
A tarefa foi-nos
facilitada pela qualidade da cadela, que é de origem estrangeira e não tem
qualquer ascendência nacional, por saber ao que ia e por adorar carregar sem
nunca se cansar sobre o Tomás Araújo, um amigo que ela não se importa de ter esporadicamente como
inimigo.
No final, para a
posteridade, que o tempo não volta para trás, o adestrador tirou uma foto com os
seus dois instruendos caninos, alunos que adora, respeita e tudo faz para que
sejam bem adaptados, felizes e longevos – uns companheiros de nomeada!
Terminou assim mais um dia
de instrução matinal outonal, que aproveitámos superiormente para gáudio de
cães e donos, binómios que agora germinam e que durarão uma dezena de anos no
mínimo. Amanhã é outro dia e o seu Plano de Aula já começa a efervescer na
cabeça do adestrador, enquanto condutores e cães retemperam as energias
perdidas e descansam felizes perto uns dos outros.
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