sábado, 25 de novembro de 2017

SÁBADO DE ARMADILHAS E EMBOSCADAS

A instrução deste Sábado incidiu sobre a recusa de engodos e a prática da emboscada, subsídios de ensino próprios do currículo dos cães de guarda. A recusa de engodos que operámos visou impedir os cães de comer comida jogada no solo, valendo-nos para isso de várias ratoeiras “modelo americano” engodadas com chouriço de carne frito. Os cães que já haviam passado por estas armadilhas evitaram-nas e somente o CPA Bor foi surpreendido por uma delas. Nota de destaque para o seu dono que inexplicavelmente acabou também por entalar os dedos.
Cada vez é mais difícil encontrar estas ratoeiras e tivemos que andar de drogaria em drogaria para encontrar sete esquecidas em empoeiradas prateleiras. É possível que seja mais fácil encontrá-las em feiras de artesanato e se assim é, iremos à próxima que se realizar.
As primeiras emboscadas aconteceram dentro de velhos edifícios de alvenaria e o objectivo foi o de fazer com que os cães ladrassem à passagem de gente estranha ou suspeita, acção de extrema importância para evitar que os donos venham a ser surpreendidos.
O Bor assimilou naturalmente esta capacitação, ladrando amiúde e lançando-se sobre o suspeito em fuga sempre que tal foi necessário, dificultando a vida ao seu condutor que ainda se encontra coxo e que há pouco tempo largou as canadianas.
A Hope já não é a inocente cadela que fugia de tudo e de todos, porque descobriu que tanto pode defender-se como atacar, não hesitando em defender o dono nas situações em que tal se justificou, mostrando uma ferocidade digna de destaque.
Apesar dos esforços do Tomás, A Ginja ainda não se encontra à vontade nestas acções, mostrando algum receio e pouca apetência para emboscadas e perseguições. Mas quando acordar, por causa de ser negra e mal se ver, virá a ser um caso sério.
Passámos depois para as emboscadas aos caminhos, tirando partido dos vários arbustos existentes e aguardando a passagem dos elementos suspeitos. Todos os cães mostraram-se à altura e as suas arremetidas valeram pela prontidão e pelo ímpeto.
Como vem sendo hábito, até os coxos correm entre nós, razão porque tantas vezes somos considerados milagrosos. Hoje o coxo de dia foi o Paulo Motrena, que apesar das dificuldades não estava interessado em ficar ainda mais coxo.
Rijo, muito rijo esteve o Slinky, que foi um verdadeiro devorador de sticks e que também deixou o João Graça lesionado na mão esquerda. Apesar do seu peso e tenra idade, este Rottweiler está a fazer arremetidas superiores e em suspensão.
O Tomás viu-se aflito para defender os ataques que o Bor lhe fazia e o Paulo viu-se ainda mais enrascado para segurar o Pastor Alemão.
E se a Hope esteve bem entre muros, melhor esteve no mato, aparecendo de surpresa e sempre pronta a escorraçar os inimigos que tinha pela frente, fossem eles grandes ou pequenos.
Trabalhámos debaixo de chuva e cheios de alegria, lamentando que ela não fosse mais forte e demorada. O tempo esteve de feição e o vento não se fez sentir, a temperatura esteve amena e o trabalho rendeu.
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios:  João Graça/Hope; Nuno Falé/Ginja; Paulo/Bor e Tomás/Slinky. A reportagem fotográfica coube à Patrícia e ao Treinador. Sentiu-se a falta de alguns binómios que breve retomarão os trabalhos em atraso. Para a semana, outra coisa não seria de esperar, esperam-nos novas tarefas e experiências. 

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