segunda-feira, 4 de abril de 2016

IA APANHAR O COMBOIO E SAIU DE AMBULÂNCIA

Esta notícia já não causa sensação no Reino Unido, onde infelizmente muitas vezes se repete e quase sempre com graves repercussões, mas pode ser de extrema importância para nós, considerando a possibilidade de enfrentarmos no futuro idênticas situações que deverão ser evitadas, mediante maior sensibilização da opinião pública. Um cego, o Sr. Stephen Goulden, um sexagenário, junto com o seu cão-guia “Eaton”, esperavam a Sr.ª Goulden, também ela invisual, na Estação de Comboios de Altrincham, Grande Manchester. Inesperadamente, quando já se encontravam todos reunidos no cais de embarque, eis que um Staffordshire Bull Terrier vindo da plataforma contrária, cruza as linhas e decide atacar o cão-guia, um cruzado de Pastor com Retriever, extraordinariamente dócil e que já havia sido alvo de um ataque anterior. No meio da confusão, desinteressando-se do cão, o Staffordshire acabou por atacar a Sr.ª Goulden, a quem desferiu uma valente dentada na perna direita. O ataque durou cerca de 20 segundos e parece ter sido suspenso pelo dono do agressor que apenas lhe disse “não”. Como consequência do ocorrido, a invisual acabou por receber tratamento hospitalar.
Eu testemunho da existência de Pitbulls e Staffordshires extremamente meigos e dóceis, alguns até aproveitados como cães de terapia, o que não me impede dizer que são excepções, fruto de uma selecção invulgar e propriedade de gente capaz, condições infelizmente pouco comuns. Quando se fala em jihadistas e nos ataques terroristas que comentem, vêm-nos à memória indivíduos alheios à nossa cultura, valores e religião, porque assim tem vindo a suceder. Mas o que dizer de indivíduos que têm cães para atacar gente inocente e indefesa? Não pertencerão eles à mesma categoria de “pessoas”? É interessante relembrar que antes de se tornarem “guerreiros sagrados”, muitos dos jihadistas foram criminosos de delitos comuns, evoluindo por pseudo-investidura para facínoras. Diante deste flagelo e perante episódios como o ocorrido em Manchester, porque urge combater também o terrorismo doméstico, mais do que indexar os cães, importa responsabilizar e penalizar os donos para impedir os seus ataques.

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