domingo, 3 de abril de 2016

DÃO-LHES ANSIOLÍTICOS E ANTIDEPRESSIVOS E, SE NÃO RESULTAR… CAPAM-NOS!

Que as raças caninas padronizadas apresentam sérios problemas físicos que afectam a sua saúde, bem-estar, longevidade e sobrevivência já todos sabemos, porque saltam à vista e é não preciso ser-se especialista para os identificar. Neste Novo Milénio, mercê de erradas políticas de selecção, que duram pelo menos há 100 anos, aos problemas físicos dos cães com pedigree vieram juntar-se outros de origem psicológica, uns como reflexo das suas menos-valias ou incapacidades físicas e outros decorrentes de desequilíbrios vários que afectam a sua adaptação e viver social, patologias menos visíveis mas observadas por quem os tem e trabalha, ainda que intencionalmente encobertas por quem os cria. Nunca houve tantos cães ansiosos e com comportamentos depressivos como agora, ao ponto de se tornar corriqueiro administrar-lhes calmantes, ansiolíticos e antidepressivos, prática que os vem tornando químico-dependentes de difícil desmame. Como nem sempre a administração destes fármacos surte o efeito desejado, sobrando cães a quem provocam uma reacção contrária, a castração surge como a derradeira opção para os inadaptados, insatisfeitos e anti-sociais, solução draconiana que tende a amainar os mais atribulados e aflitos.
Há que inverter quanto antes esta tendência, pelo que importa denunciar o mal que continua a ser feito aos cães, para que o peso da opinião pública possa travar este verdadeiro martírio e holocausto canino, perpetrado por gente que para sonhar, sendo hipócrita, torna a vida destes animais num verdadeiro pesadelo, ao criá-los à revelia do seu bem-estar. Sempre ouvimos dizer que o cão é o melhor amigo do homem, não estará na hora de tornarmos esse sentimento recíproco? Como posso defender a Declaração Universal dos Direitos do Animal se faço vista grossa à violação de todos os seus artigos?

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