Ouvimos
esta exclamação repetidamente a quem comprou um livro sobre cães de guarda e
ficou desapontado, por ser generalista e pouco ou nada adiantar, apesar do seu
autor ser um renomado mestre nesta área da cinotecnia, decepção alheia que nos agrada
e que mais enaltece aquele adestrador, cuja ética e cuidado aplaudimos. Há quem
pense que um autor destes não gosta de revelar o que sabe, que usa somente o
livro para se publicitar e arranjar alunos, quando na verdade está pensar nos
seus leitores e nas consequências do que pudesse divulgar, porque um cão é uma
arma e a violência não pára de aumentar. Caso tornasse público tudo aquilo que
sabe, poderia estar a contribuir para o aumento da criminalidade e para o mau
nome dos cães, a dar azo ao disparate e a armar os imaturos, instáveis e
coléricos, porque um cão de guarda também se presta ao assalto, ao ajuste de
contas e a toda a sorte de abusos, quando nas mãos de gente imprópria e provida
de más intenções. E a nossa realidade é esta: mais de 90% das pessoas que
reclamam por cães de guarda não têm necessidade deles, somente os querem para
se tornarem mais seguros ou levarem vantagem sobre os demais, patologias a que
um simples livro não se deve prestar. Todos os grandes mestres procedem assim porque
pensam nas repercussões daquilo que tornam público.
terça-feira, 26 de abril de 2016
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