quinta-feira, 21 de abril de 2016

750 MILHÕES

Não é do “Euromilhões” que vamos falar mas do que fez saber o “New York Times”, na sua edição do dia 18 deste mês, num artigo da autoria de James Gorman, que segundo estatísticas recentes (não diz quais) existe cerca de um bilhão de cães no Planeta, 1/4 deles tem dono e os restantes 750 milhões são cães de rua (abandonados, vadios e párias), número assustador atendendo ao seu montante mas ao mesmo tempo revelador da extraordinária capacidade de adaptação canina e do desprezo a que são votados os cães. Se as sucessivas campanhas de castração empreendidas por toda a parte não surtirem efeito, a opção mais provável e solidária será a encontrada pelo proprietário do Café “Hott Spott”, na Cidade de Mytilene, Ilha de Lesbos/Grécia, que à noite fecha as portas aos clientes e abre-as aos cães vadios, para que ali possam dormir mais aconchegados, iniciativa que ganhou popularidade e simpatia na Grécia e para além dela.
750 milhões de habitantes não tem a Europa, único Continente onde a população tem vindo a diminuir, apesar de ser o 3º Continente mais populoso. Segundo o censo efectuado em 2013, a Europa tinha na altura 742,5 milhões, actualmente deve ter menos considerando a sua baixa taxa de natalidade. Decididamente, somos contra a castração dos cães em geral por atentar contra a sua qualidade de vida, mas diante deste número suspeitamos não haver outra solução, a menos que espalhemos os chineses pelo Mundo que sendo 1 377 376 996 há uns segundos atrás (nasce um chinês a cada segundo), depressa resolveriam o problema por consumirem carne de cão (nem todos). A proliferação exagerada de cães nesta situação, para além de atentar contra eles mesmos, cria graves problemas para a segurança e saúde públicas, pelo que, se a situação não mudar, adoptar um cão passará a ser um acto imposto ou patriótico. 750 milhões? Quem diria!

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