Não é do “Euromilhões” que
vamos falar mas do que fez saber o “New York Times”, na sua edição do dia 18
deste mês, num artigo da autoria de James Gorman, que segundo estatísticas
recentes (não diz quais) existe cerca de um bilhão de cães no Planeta, 1/4 deles
tem dono e os restantes 750 milhões são cães de rua (abandonados, vadios e
párias), número assustador atendendo ao seu montante mas ao mesmo tempo
revelador da extraordinária capacidade de adaptação canina e do desprezo a que
são votados os cães. Se as sucessivas campanhas de castração empreendidas por
toda a parte não surtirem efeito, a opção mais provável e solidária será a
encontrada pelo proprietário do Café “Hott Spott”, na Cidade de Mytilene, Ilha
de Lesbos/Grécia, que à noite fecha as portas aos clientes e abre-as aos cães
vadios, para que ali possam dormir mais aconchegados, iniciativa que ganhou
popularidade e simpatia na Grécia e para além dela.
750 milhões de habitantes
não tem a Europa, único Continente onde a população tem vindo a diminuir,
apesar de ser o 3º Continente mais populoso. Segundo o censo efectuado em 2013,
a Europa tinha na altura 742,5 milhões, actualmente deve ter menos considerando
a sua baixa taxa de natalidade. Decididamente, somos contra a castração dos cães
em geral por atentar contra a sua qualidade de vida, mas diante deste número
suspeitamos não haver outra solução, a menos que espalhemos os chineses pelo
Mundo que sendo 1 377 376 996 há uns segundos atrás (nasce um
chinês a cada segundo), depressa resolveriam o problema por consumirem carne de
cão (nem todos). A proliferação exagerada de cães nesta situação, para além de atentar
contra eles mesmos, cria graves problemas para a segurança e saúde públicas,
pelo que, se a situação não mudar, adoptar um cão passará a ser um acto imposto ou patriótico. 750 milhões? Quem diria!
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