O dia 1º de Abril é
tradicionalmente em Portugal o “Dia das Mentiras”, altura em que também os
meios de comunicação social adiantam notícias falsas, contudo críveis. Parece que
a tradição veio de França, pela ocasião da alteração do calendário produzida
pela adopção do “Calendário Gregoriano”, facto que aconteceu no Reinado de
Carlos IX e no Ano de 1564. Até esta data, o Ano Novo era comemorado a 25 de
Março, quando começava a Primavera, altura em que se trocavam presentes durante
uma semana, precisamente até ao dia 1º de Abril. Alguns franceses mais
conservadores não se agradaram da ideia e mantiveram a tradição e calendário
antigos. Foi então que a maioria da população, que havia aderido ao “Calendário
Gregoriano”, decidiu brincar e gozar com aqueles que não o haviam adoptado, enviando-lhe
presentes bizarros e convites para festas inexistentes. Com o tempo, a
brincadeira estendeu-se a outros países europeus e a outros continentes. Assim,
o dia passou a ser designado nos países de língua inglesa por “April Fools' Day”,
em Itália por “Pesce d'Aprile”, em França por “Poisson d'Avril” e na Galiza por
“Día dos Enganos”.
Apesar de sermos
tradicionalistas, não seguimos a tradição em matéria de notícias e de informação.
E para não alimentar alguma confusão ou descrédito, decidimos dar esta notícia
dois dias depois de ter ocorrido. No dia 1º Abril tivemos um leitor da Argélia,
país do Magreb que raramente nos dá leitores, facto que nos deixou simultaneamente
perplexos e satisfeitos pela novidade, porque nos países muçulmanos os cães são
considerados animais impuros e transmissores de impureza para os seus
proprietários e para restante população que com eles conviver. Pouco a pouco,
desde o Irão até Marrocos, os cinófilos começam a reclamar o seu direito à
companhia de um cão, apesar da aspereza das penas impostas e da perseguição que
lhes é movida pelas diferentes “Mutawa”. Neste confronto entre o mundo
ocidental e o muçulmano a opção é simples: ou trabalhamos todos pela liberdade
dos regimes muçulmanos ou eles valer-se-ão da nossa para acabarem connosco.
Desejamos ardentemente que o leitor argelino não venha a ser perseguido e
castigado pela “afronta”. Salaam Aleikum/As-Salamu Alaikum!
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