domingo, 3 de abril de 2016

DIA DAS MENTIRAS E ARGÉLIA

O dia 1º de Abril é tradicionalmente em Portugal o “Dia das Mentiras”, altura em que também os meios de comunicação social adiantam notícias falsas, contudo críveis. Parece que a tradição veio de França, pela ocasião da alteração do calendário produzida pela adopção do “Calendário Gregoriano”, facto que aconteceu no Reinado de Carlos IX e no Ano de 1564. Até esta data, o Ano Novo era comemorado a 25 de Março, quando começava a Primavera, altura em que se trocavam presentes durante uma semana, precisamente até ao dia 1º de Abril. Alguns franceses mais conservadores não se agradaram da ideia e mantiveram a tradição e calendário antigos. Foi então que a maioria da população, que havia aderido ao “Calendário Gregoriano”, decidiu brincar e gozar com aqueles que não o haviam adoptado, enviando-lhe presentes bizarros e convites para festas inexistentes. Com o tempo, a brincadeira estendeu-se a outros países europeus e a outros continentes. Assim, o dia passou a ser designado nos países de língua inglesa por “April Fools' Day”, em Itália por “Pesce d'Aprile”, em França por “Poisson d'Avril” e na Galiza por “Día dos Enganos”.
Apesar de sermos tradicionalistas, não seguimos a tradição em matéria de notícias e de informação. E para não alimentar alguma confusão ou descrédito, decidimos dar esta notícia dois dias depois de ter ocorrido. No dia 1º Abril tivemos um leitor da Argélia, país do Magreb que raramente nos dá leitores, facto que nos deixou simultaneamente perplexos e satisfeitos pela novidade, porque nos países muçulmanos os cães são considerados animais impuros e transmissores de impureza para os seus proprietários e para restante população que com eles conviver. Pouco a pouco, desde o Irão até Marrocos, os cinófilos começam a reclamar o seu direito à companhia de um cão, apesar da aspereza das penas impostas e da perseguição que lhes é movida pelas diferentes “Mutawa”. Neste confronto entre o mundo ocidental e o muçulmano a opção é simples: ou trabalhamos todos pela liberdade dos regimes muçulmanos ou eles valer-se-ão da nossa para acabarem connosco. Desejamos ardentemente que o leitor argelino não venha a ser perseguido e castigado pela “afronta”. Salaam Aleikum/As-Salamu Alaikum! 

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