A dinamarquesa
IDA PETERSEN
quando se encontrava a passear o seu cão JOKKE
numa floresta a noroeste do município de Holstebro, na Jutlândia, apercebeu que
tinha companhia, que era seguida por um lobo. Surpresa com aquele encontro
agarrou no telemóvel e filmou a cena. “O lobo pulava como um cachorrinho que
queria brincar, mas o meu cão não reagiu e o lobo não se importou.” KENT OLSEN, do
MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL
DE AARHUS, disse a propósito: “É um lobo macho solitário que
vive na floresta há quase dois anos, que ao encontrar um cão, vê um da sua
espécie e quer encorajá-lo a brincar. É importante reparar no vídeo e ver que o
lobo está a manter-se à distância.”
Questionado acerca dos procedimentos a haver numa situação destas, caso o lobo se aproxime demasiado, Olsen recomenda afugentar o animal com sonoros gritos e com o bater das palmas. Presume-se actualmente que haja 15 lobos selvagens em solo dinamarquês, a maioria deles vindo da Alemanha. Situações como esta são muito raras em Portugal e são-no porque o avistamento de um Lobo-Ibérico, o nosso CANIS LUPUS SIGNATUS, é quase uma miragem, tendo maiores probabilidades de acontecer nas terras e serras raianas do norte do País, em ambos os lados do Douro. Os avistamentos do Signatus são também raros porque efectua as suas incursões invariavelmente durante a noite e prefere ver e não ser visto. Só em circunstância muitíssimo excepcionais, eu não conheço nenhum caso, é que um Lobo-Ibérico isolado atacará deliberadamente um homem. Todavia, caso o impossível aconteça, o modo para o afugentar é exactamente o mesmo que descremos atrás.
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