O
adestramento, quando correctamente orientado e complementado pelas tarefas
domésticas indutoras, tem a capacidade de transformar um cão potencialmente
agressivo num cordeiro e o mais afável dos cães num leão, criando comportamentos
individuais dissemelhantes com os descritos na sua raça e respectivo padrão, surpreendendo
tudo e todos pela novidade de que é portador, o que no segundo caso, graças ao
efeito surpresa, é uma vantagem para o animal no desempenho das suas funções.
Temos agora nas nossa fileiras um típico Cão de Água Português – o Oliver - cãozinho adorável que ninguém acredita vir a
ser um segurança, de tão simpático que é, chegado à brincadeira e um verdadeiro
“papa biscoitos”. Na foto acima vemo-lo a fazer o “TRONCO
SUSPENSO” em segurança e em baixo a participar pela primeira
vez numa das alas do “PASSARINHO”, que aliás adorou.
Há algum tempo a pistar com os donos dentro e fora de casa, a robustecer o carácter nos obstáculos de índole e a participar nas induções defensivas, poderá este “babalú” simpático, em caso de necessidade, vir a defender-se e a defender a sua dona? Restam-me poucas dúvidas e a confirmação da investidura acontecerá gradual e progressivamente até que se torne um facto. Nem sempre nos é possível operar mudanças deste tipo, maioritariamente quando à qualidade imprópria dos cães se vem juntar a pouca interacção e o desmazelo dos donos, por vezes também assessorados de adestradores de idêntica índole ou de manifesta ignorância. Até onde poderá chegar o Oliver? Até onde os seus donos conseguirem acompanhá-lo.
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