segunda-feira, 8 de novembro de 2021

SOLUÇÕES DIFERENTES

 

Sempre que trabalhamos em altitude fazemos como manutenção o circuito dos troncos que os binómios vencem de diferente modo conforme o seu grau de evolução na obediência, havendo uns que o fazem à trela, outros em liberdade e ainda outros em condução nuclear. Na foto acima vemos a prestação da Leonor com a Cookie, transposição ainda à trela por opção da condutora, já que a cadela dispensa o uso desse tipo de condução, a dona é que parece que não, por ser insegura e ultra protectora. Contudo, a Leonor já aprendeu que nos tronos não pode puxar a cabeça da cadela para cima quando ela precisa de ver onde pôr os pés, o que já é um avanço. Na foto abaixo vemos a Clarinda com a CPA Luna a fazer o exercício completo de modo nuclear, o que para a condutora foi uma novidade. Por falta de experiência, na hora de mandar avançar a Luna no tronco, baralhou as mãos e acabou por dar uma contra-mão ao usar a mão direita, o que provocou o travamento momentâneo da cadela. Assim se aprende e para a próxima já sabe.

Também o Pedro Rodrigues, filho da anterior senhora que é sua mãe, foi convidado para o mesmo exercício com a mesma cadela, executando a tarefa com relativa facilidade, muito embora a pudesse vencer mais rapidamente, porque em termos de salvamento a celeridade é essencial. Este praticante, pese embora os meses de prática que já leva e a técnica que assimilou, é por norma lento na tomada das decisões e propenso a falhar o primeiro exercício para que é convidado, mesmo que já seja do seu conhecimento, pelo que se lhe pede maior atenção, superior rigor e imediata prontidão, o que nos parece ser-lhe contranatura.

O José Maria ainda vai no tronco introdutório – o mais fácil – com a cachorra CPA negra DREAM, agora com quase 5 meses de idade. Por falta de entrega, transmissão de conforto e incentivo, em parte também da sensibilidade necessária, tantas vezes substituía pela gritaria num tempo em que não há que bradar a lobos, este condutor sempre acaba por desaproveitar os seus cães ao atemorizá-los, tornando-os velhacos à imitação não se sabe de quem (alguém arrisca?), o que geralmente resulta em desaguisados binomiais perfeitamente dispensáveis e no abandono dos animas a si próprios. No passado sábado, a Dream estava a entrar ao obstáculo veloz e por demais insegura, tão insegura que acabava por cair do tronco. Para conseguir travá-la e transmitir-lhe a segurança necessária, foi ordenado ao José Maria que avançasse na sua frente servindo-lhe de barreira.

Também a Clarinda executou o mesmo exercício com a veterana Keila, que para os troncos “está para as curvas” e que ainda demonstra uma excelente biomecânica, vistosa e alegre, apesar da sua pouca disponibilidade anímica, como se tivesse nascido somente para ser a soberana dos sofás e pouco mais!

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