Nunca
morri de amores por cães pequeninos, irritadiços e barulhentos, o que não me
impede de reconhecer que o Yorkshire Terrier é um cão valente, que se julga
mais valente do que é, de uma fidelidade a toda a prova e determinado a
defender os seus e aquilo que lhe pertence contra opositores maiores ou mais
fortes, saindo desses confrontos gravemente ferido ou invariavelmente morto. Na
passada quinta-feira, dia 11 de novembro, uma caminhante de 72 anos perdeu-se
na floresta nacional de Coubre-aux-Mathes, no Departamento francês de
Charente-Maritime, no sudoeste deste grande país, depois de ter deixado o
marido dentro do carro, no parque de estacionamento, para ir apanhar cogumelos,
prometendo voltar dentro de uma hora.
Deixou o marido para trás à sua espera e internou-se na floresta que conhecia bem. Porém, a noite caiu e a aposentada não conseguiu encontrar o caminho de regresso. Estranhando a demora, o marido contactou os serviços de urgência. Os bombeiros encontraram rapidamente a senhora desorientada que havia perdido os óculos e um sapato ao cair na floresta. Os “soldados da paz” contaram com a preciosa ajuda do Yorkshire da até ali desaparecida, que os colocou no caminho certo graças ao seu ladrar. Se assim não fosse, a senhora tardaria a ser encontrada, apesar de estar confusa a apenas 10 metros do carro. É por estas e por outras que não me canso de dizer – todos os cães têm préstimo, os donos é que podem tardar em descobri-lo.
Sem comentários:
Enviar um comentário