terça-feira, 2 de novembro de 2021

PARA OS VINDOUROS

 

Donos psicologicamente afectados não deveriam ter ou conduzir cães por não possuírem a liberdade necessária para o efeito, até porque é muito difícil cantar quando se tem dores e tolerar quando já não há paciência. Os cães são sempre reflexo dos donos e se gostamos deles, certamente não os queremos ver doentes. Os nossos amigos de quatro patas podem valer aos seus donos, curá-los inclusive, mas quem lhes valerá a eles? E quando as patologias dos donos levarem ao incitamento dos cães contra terceiros, quem lhes valerá? A sorte, o destino, ou estaremos irremediavelmente perdidos? Se os homens fossem como os lobos bastaria cair em cima do macho-alfa e tudo seria sanado! Na eventualidade de valer a pena, quem deveremos corrigir: os homens ou os cães? A resposta parece óbvia. E depois, se entendemos um binómio como um todo indivisível, como poderá ele funcionar correctamente se uma das suas partes está afectada, doente – disfuncional? Há condutores que não podemos aceitar e outros que infelizmente seremos obrigados a dispensar.

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