segunda-feira, 22 de novembro de 2021

SOLTAR A FRANGA

 

Como uso invariavelmente a expressão “SOLTAR A FRANGA” no contexto canino em situações específicas e ela pode ter entre nós várias conotações pejorativas, vulgares, reles e ordinárias, passo de imediato àquilo que entendo pela expressão, para que não restem dúvidas sobre o que pretendo transmitir. Aluno que no adestramento procura tudo o que lhe é acessório e despreza o essencial, obviamente que anda a soltar a franga, a desaproveitar o que lhe é ensinado a troco do que lhe apetece fazer. Anda igualmente a soltar a franga quando permanece numa escola sem índice de progresso ou transita de escola em escola sem melhorar o seu aproveitamento e o rendimento do seu cão. 

Também quando após meses, sai de um centro canino exactamente como entrou – sem saber nada! Largar a franga é também aplicado àquele condutor que despreza os procedimentos e envereda pelos seus instintos, criando suspeição no animal que conduz e obstáculos à fixação dos códigos. Soltar a franga é não querer saber porque cansa, identificar os problemas e deixar andar, sentir as dificuldade dos animais e nada fazer para os ajudar e justificar constantemente os seus erros sem se emendar. Em última análise, largar a franga é “esvoaçar” no adestramento e na vida sem assentar os pés em terra firme. Espero ter-me feito compreender, mais não consigo, porque sou limitado e ainda tenho muito que aprender.

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