segunda-feira, 29 de novembro de 2021

ADERIR AO “GULAHUND”

 

O “GULAHUND” é uma invenção e prática sueca que consiste em colocar na coleira ou na trela dos cães um laço amarelo destinado a enviar um sinal de aviso para os outros proprietários caninos e para o público em geral acerca dos cães seus portadores - MANTENHA-SE À DISTÂNCIA – porque há situações em que os seus donos querem evitar que cães estranhos se aproximem dos seus, talvez por se encontrarem doentes, convalescentes, ansiosos, com o cio ou ainda por sociabilizar. Se todos os donos aderirem prontamente ao Gulahund e a generalidade das pessoas aprenderem o que significa, poderão ser evitadas discussões embaraçosas, confrontações desnecessárias de donos e de cães, assim como as suas repercussões, que por vezes são bastante desagradáveis e dolosas.

E como cabe às escolas dar o exemplo, porque trabalham para a integração harmoniosa dos cães na sociedade, todas deveriam aconselhar os donos dos cães ainda não completamente sociabilizados (1) ou que mordem inadvertidamente, a colocar nos seus estranguladores uma fita ou laço amarelo como forma de aviso.

Idêntico procedimento deverá ser requerido aos donos de cães de e para guarda, tanto para evitar o incómodo de terceiros como embaraços ou retrocessos à instrução dos animais. E, porque sempre há gente mais confusa, adianta-se que a colocação da fita amarela não isenta nenhum dono das obrigações legais relativas ao seu cão. Julgo que o laço amarelo, como sinal de uma educação canina por concluir, acabará por incentivar os donos menos aplicados a assumir as suas responsabilidades cívicas e pedagógicas, atitude que doutro modo estaria sujeita a alguma delonga. Quando me inteirei do que é o Gulahund, lembrei-me imediatamente de um clássico do cinema que recomendo aos leitores deste blogue: “Das weiße Band”, filme austríaco de 2009, dirigido por Michael Haneke, sobre um grupo de crianças no norte da Alemanha antes da I Guerra Mundial. “Das weiße Band” ganhou o título em Portugal de “O Laço Branco” e no Brasil de “A fita Branca”. Segundo Haneke, seu realizador, o filme é sobre "a origem de todo tipo de terrorismo, seja ele de natureza política ou religiosa". Filmes à parte (e este dá que pensar), penso que a adopção do Gulahund é extremamente importante para todos.

(1)Entende-se como completamente sociabilizado o cão que o é entre iguais, com outros animais domésticos e com pessoas, independentemente da sua raça, género, idade, apresentação e comportamento tipo.

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