terça-feira, 2 de novembro de 2021

NO DIA DOS MORTOS SAÍMOS COM OS VIVOS

 

Ontem, “DIA DE TODOS OS SANTOS”, porque era feriado, iniciámos a nossa sessão de treino mais cedo, o que veio mesmo a calhar porque agora, com a mudança da hora, os dias são ainda mais pequenos. Durante o dia não vimos nenhum miúdo ao “PÃO POR DEUS”, tradição que se está a perder e que consiste na criançada andar de porta em porta de saco na mão a pedir pró “Pão por Deus”, recebendo dos moradores das casas pão, caramelos, rebuçados, frutos secos, castanhas, bolos e por vezes até dinheiro, manifestação de solidariedade de origem pagã reavivada depois do terrível TERRAMOTO DE 1755 acontecido em Lisboa, transformando-se literalmente num dia em “dar de comer a quem tem fome”. No início do Séc. XX, mais nos arredores da Capital, mormente nos arrabaldes saloios, a prática de pedir para o “pão por Deus” generalizou-se entre as crianças. Esta bonita tradição está ser conspurcada e ameaçada pelo HALLOWEEN, dia das bruxas, tradição anglo-saxónica com idêntica origem remota propagada pela Internet.

Uma vez operadas as correcções morfológicas, feita a potenciação e o robustecimento de carácter dos cachorros, é chegado o tempo de apostarmos um pouco mais na obediência e de procurarmos o nosso primeiro objectivo nesta área – a sua condução em liberdade – objectivo que funciona como chave para o vindouro sucesso binomial. Ontem a classe não podia ser mais heterogénea, tínhamos uma cachorra do 1º Ciclo Escolar, a CPA Gaia; dois cães da Classe B, o CPA Bohr e SRD Kiko e um cão da Classe A, o maroto do Soneca, que há muito deveria ter aprendido a tocar harmónica. O trabalho incidiu sobre a obediência linear e um pequeno salto de muro vertical, usado para uns como potenciação e para outros como manutenção, com os donos para trás da linha de transposição.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Débora/Kiko; Jorge/Gaia; Jorge/Soneca e Paulo/Bohr. Os filhos do Jorge (Nicole e Simão) fizeram de obstáculos humanos para o Soneca, começou-se a operar a troca de alvos na cachorra CPA Gaia, que “canta” demais por simpatia, graças à companhia do Soneca – o tenor dos cães. Sentimos a falta da Inês, da Leonor e dos seus respectivos cães. O José Maria, um acérrimo devoto das tradições da santa madre igreja, prometeu, mas não compareceu, provavelmente porque foi colocar flores nalguma campa, rezar pelos seus pecados ou pedir por um milagre do tipo “ò tempo volta para trás”. O Noé foi para a Covilhã e se por acaso subiu a serra, é possível que tenha feito “Sku”, voluntária ou involuntariamente. Da Mafalda e do Lord continuamos a aguardar notícias e ninguém do “Clã Rodrigues” compareceu. O dia anoiteceu morno e sem chuva, melancólico segundo a estação e próprio para passeios evasivos ou sem destino.

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