Mais
cedo ou mais tarde, graças ao viver social canino, porque é ele que dá as
ordens iniciais, todos os donos lhe obedecem, opera o reparo dos cães e é o
dono do território (escola), o adestrador transforma-se num macho-alfa para a
matilha escolar heterogénea, pelo que a sua posição nas aulas não pode ser
arbitrária ou segundo o seu estado de espírito, mas nos lugares que
proporcionam o bom aproveitamento de donos e cães assim como a protecção de
ambos. No sábado passado, porque optámos por manobras de defesa pessoal anticão
e pelas induções defensiva e ofensiva, o adestrador colocou-se no seu lugar
para proteger as pessoas e reforçar a cessação dos ataques caninos se
necessário. Por causa disso, na foto acima, vemo-lo na mesma linha das cobaias
e na seguinte no sentido contrário à progressão do figurante.
Também na sociabilização, na obediência, na pistagem e na ginástica, o adestrador deverá estar no sítio certo, porque da sua posição em relação às tarefas ou exercícios dependerá em grande parte o êxito dos binómios. Por vezes acontece, nas aulas de mestres feitos à pedrada, instruídos por ciências ocultas, formados por pen drives, lestos de raciocínio e com pouca ou nenhuma experiência, que os condutores estão a dar uma ordem aos seus cães e a posição do adestrador está a invalidá-la ou a sugerir-lhes outra tarefa. Não se pede aos adestradores que corram que nem desalmados, mas que tenham o saber que lhes possibilita chegar atempadamente e sem correrias ao sítio certo.
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