Este
assunto interessa a quem tem por hábito caminhar com os seus cães ao longo das
estradas durante as estações frias. No Inverno, por essa Europa afora, há que
ter um cuidado especial com 3 coisas junto às estradas, considerando o
bem-estar dos cães, são elas: o sal-gema, os anticongelantes e a hipotermia,
que podem ser prejudiciais e até fatais para os nossos amigos de 4 patas. O
sal-gema é uma mistura de sal (cloreto de sódio) e areia, uma forma eficaz para
reduzir o acúmulo de gelo nas estradas durante as estações mais frias. No
entanto, ele pode ser extremamente perigoso para os cães, pois pode irritar-lhes
a pele e provocar-lhes gretas e queimaduras nas almofadas das suas patas. Torna-se
ainda mais perigoso para os cães se o lamberem das patas ou do pêlo, pela
ingestão de produtos químicos, que podem ser tóxicos. “Os sintomas de
envenenamento por sal-gema incluem salivação, vómito, diarreia e perca de
apetite. Nos casos mais graves, pode resultar em convulsões e levar até morte. Para
que isso não venha a suceder, os donos são obrigados a lavar a barriga e as
patas dos seus cães depois de um passeio no outono e no inverno. Felizmente, os
nossos invernos são menos rigorosos do que os verificados noutros países
europeus, pelo que o uso do sal-gema entre nós não se encontra generalizado, já
que só temos neve na Serra da Estrela e em mais algumas terras altas,
nomeadamente em Trás-os-Montes.
O
anticongelante usado para remover o gelo dos pára-brisas dos automóveis nas
manhãs mais frias já é um problema mais comum e transversal a todo o País. À
medida que o gelo derrete, o anticongelante mistura-se com a água, dando origem
a pequenas poças, o que poderá ser altamente prejudicial para o seu cão se ali
for beber, porque o anticongelante pode causar-lhe danos nos rins, mesmo após a
ingestão de uma pequena quantidade. O produto químico perigoso presente no
anticongelante é o etilenoglicol, que tem um sabor doce muito do agrado dos
cães. Portanto, há que fugir dessas pequenas poças, mais frequentes nos parques
de estacionamento e noutros locais onde o estacionamento é possível. A ingestão
do anticongelante leva os cães a vacilar e a cair, a região lombar e os rins
podem ficar doridos, poderá haver lugar a vómitos, desidratação e aumento da
micção. Depois de algumas horas, surge uma insuficiência renal aguda grave,
apresentando os animais sinais de falta de apetite, diarreia, salivação,
halitose e convulsões, correndo sério de vida se entretanto não forem
socorridos por um veterinário, que deverá ser consultado logo ao menor destes
sintomas.
Quando o outono e o inverno chegam, e queira Deus que assim continue por longos anos, trazem consigo as baixas temperaturas e o frio, frio que poderá induzir alguns cães à hipotermia que, como todos sabemos, é uma queda vertiginosa e extremamente perigosa da temperatura corporal. A hipotermia pode ser fatal para os cães de pêlo curto e fino, para os mais pequenos, para os cachorros, para os mais idosos e para os portadores de doenças crónicas. O primeiro sintoma da hipotermia é uma tremura excessiva, seguida de letargia. Se o seu cão exibir estes sinais, leve-o ou chame o veterinário imediatamente, coloque-o num local aquecido e aqueça-lhe o corpo com sacos de água quente, cobertores ou toalhas, evitando que corra o risco de superaquecimento e de queimaduras no manto e na pele. Também no treino há que eliminar os riscos de hipotermia, pelo que os cães atrás discriminados deverão vir para as aulas com os respectivos agasalhos quando a temperatura local estiver abaixo dos 11 graus celsius, desde que sejam eficazes, cómodos e garantam a plena liberdade de movimentos aos animais. Os mesmos cães deverão sair à rua também agasalhados. Seja cuidadoso, olhe pelo seu cão e usufruam dos prazeres do tempo frio.
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