No
passado domingo, dia 07 de novembro, ao início da noite, quando passeava o seu
cão nas margens do Lago Vinça, nos Pirinéus Orientais (França), um homem ficou
atolado e incapaz dali sair. Ao ver o seu dono a afundar-se, o Malinois teve o
reflexo de puxar a trela enquanto se sentava, permanecendo nessa posição até à
chegada dos bombeiros, que entretanto haviam sido alertados por uma testemunha,
chegando ao local rapidamente para resgatar a vítima, que se encontrava atolada
até ao meio do peito. O resgate do dono do cão envolveu quinze bombeiros,
constatou-se que estava em hipotermia e foi levado para o hospital. Pelo que
fez em prol do dono, ao salvar-lhe a vida, este Malinois é um cão para nunca
mais se esquecer.
O acto instintivo do animal é para todos os efeitos uma acção de salvamento, que poderá e deverá ser objecto de treino visando situações análogas. Muitas coisas que aprendemos no treino jamais iremos usá-las, ignorando muitas vezes qual o seu préstimo ou propósito. Quem diria que o “senta” de um cão iria salvar a vida ao seu dono? Os comandos assimilados por um cão, a cujo total chamamos “código”, possibilitam um conjunto de combinações válidas e variadas em prole da segurança do cão, do dono e de terceiros, já que a obediência faz-se presente em todas as disciplinas cinotécnicas, sendo a primeira responsável pela sua unidade e alcance de propósitos. As diferentes combinações de comandos para fim útil sempre dependerão da clarividência e da criatividade dos donos, pelo que um cão será tanto ou mais útil quanto o seu dono o souber aproveitar - adestrar é um acto de inteligência!
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