Uma
família do Michigan, USA, está a angariar dinheiro para ajudar a pagar as
contas médicas do seu filho de 9 anos de idade, atacado por dois cães quando se
encontrava na casa de um amigo a saltar numa cama elástica, no passado dia 13
de outubro. Parece que os cães conseguiram escapar-se das suas boxes e atacaram
o menino Hunter Heater, que ficou ferido dos pés à cabeça, segundo diz uma
página do GoFundMe aberta para ajudar a pagar as despesas médicas. “Ele sofreu
grandes lacerações e feridas que ficaram a apenas alguns centímetros das
artérias principais. Felizmente pôde receber cuidados médicos imediatos e foi
levado às pressas para um hospital.” Na mesma página pode ler-se que o menino
levou mais de 200 pontos nos seus braços, rosto, pernas e pescoço, e mais de 40
agrafes no crânio. Os médicos também tiveram que ajeitar os músculos de uma
perna e de um braço do menino, que também apresentava um inchaço na cabeça, que
entretanto diminuiu. Hunter está emocional e fisicamente marcado pelo evento
traumático, tem percas de memória e está a fazer fisioterapia para reaprender a
andar. É possível que venha a precisar de cirurgia plástica para as suas
extensas cicatrizes.
O
menino já se encontra em casa e a sua mãe diz que ele está a ter muita
dificuldade em ajustar-se para voltar para a escola e que esta semana os seus
flashbacks e aberrações aumentaram assim como os seus terrores nocturnos,
apesar de estar a trabalhar com um excelente terapeuta e da família ir tentar ainda
uma terapia com póneis. Neste momento Hunter ainda se esconde e não gosta que
as pessoas olhem para ele. O GoFundMe valer-lhe-á certamente para curar-lhe as
feridas físicas, mas vai ser preciso tempo e muito mais para sarar as suas
feridas psicológicas, que teimarão em abandoná-lo, podendo algumas acompanhá-lo
pela vida fora.
Estamos perante um ataque canino brutal que deixou a vida do menino presa por um fio, perpetrado por cães cuja raça e propriedade se ignoram. Situações destas são muito graves, estamos na presença de um ou vários crimes. Espero que tenha sido aberta uma investigação digna desse nome, que haja apuramento de responsabilidades e que a criança seja indemnizada, muito embora nenhuma indemnização consiga reparar o mal que foi feito.
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