Ontem,
os dois binómios presentes no treino nocturno foram surpreendidos quanto ao
local de trabalho, que saltou do canto de um jardim para uma feira de Natal. O
objectivo da deslocação não se prendeu só com a sociabilização, mas também com
a continuação da condução em liberdade dos cães, agora num local diferente, mais
barulhento, pejado de visitantes, com novidade de odores e maior trânsito de
pessoas, animais e máquinas. O desafio para os binómios não foi pequeno, mas os
cães portaram-se à altura nas mais diversas situações. Na foto acima vemos os
SRD’s Cookie e Kiko num verdadeiro postal de Natal e na foto seguinte junto a
um carrinho de venda de castanha assada (o quilo da castanha está mais caro
este ano - 2,5€).
Como
sempre fazemos e tivemos oportunidade para isso, passámos os cães para as mãos
de gente desconhecida, principalmente daquela com quem facilmente se antagonizariam
visando a sua verdadeira sociabilização. Realizar este trabalho com rafeiros é
muito mais fácil, porque as pessoas adoram-nos e não os temem. A menina a quem
coube a Cookie, dona de uma barraca de venda de caldo verde, por sinal muito
bom, aceitou o nosso convite e depressa aprendeu como lidar com um cão sem o
provocar.
Também
a menina da barraca ao lado, que parece vender bebidas licorosas, acedeu ao
nosso convite e acabou por conduzir o Kiko, camarada de bem com a vida, que a
qualquer momento parece dizer “peace and love, tá-se bem!”. O “casamento” entre
ambos resultou tão bem que a menina não cabia em si de alegria.
Com
os doces da temporada como pano de fundo, colocámos os nossos cães sentados na
frente de uma barraca com um nome alusivo: “Delícia”. Pusemos os cães ali não
só por serem também umas verdadeiras delícias, mas porque era um local de
passagem e não queríamos que seguissem ou incomodassem as pessoas.
Finalmente
levámos os cães para junto de uma pista de “carrinhos de choque”, onde o
barulho e a algazarra são maiores. Sentámo-los mesmo junto à referida pista e
eles permaneceram ali quietos como era esperado, ainda que um pouco
contrariados porque o chão era de chapa de aço, irregular e bastante inclinado.
Preso
a um manequim maneta, também sem cabeça e pernas, prendemos o bom do Kiko, que
ignorando totalmente quem o segurava pela trela, se armou para a fotografia
como se já estivesse acostumado às luzes da ribalta.
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Débora/Kiko e Leonor/Cookie. A Inês não compareceu porque não tinha carro e o Jorge Filipe deve andar a fazer as compras de Natal. A reportagem fotográfica foi da responsabilidade da Leonor por orientação do Adestrador. Curiosamente, no meio da nossa deambulação, demos de caras com um Mickey Mouse, que na verdade eram três, mas só um é que tinha cabeça, 3 espertalhões que vestem a farpela para sacar dinheiro a quem quiser tirar uma foto com eles, seja cão seja gente. Disseram-nos que se dedicam à falcoaria e mostraram-se umas genuínas aves de rapina (o mundo é dos espertos!). Doravante e sempre que seja possível, iremos variando os locais de ensino para alcançar a necessária condução em liberdade dos instruendos caninos. Mesmo com o que se passa no mundo e com o planeta ameaçado, o Natal continua Natal e não perdeu o seu encantamento.
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