quinta-feira, 22 de março de 2018

UMA ATITUDE SENSATA

Segundo é notícia nas principais agências noticiosas norte-americanas, uma cidadã de Riverside, Califórnia, Sarah Stephens, ao ouvir algo estranho no seu quintal durante a noite, decidiu consultar as suas câmeras de vigilância para saber o que se passava, ficando aterrorizada com o que viu: uma jovem saltou a cerca e invadiu o seu quintal, como não conseguiu entrar em casa, foi esconder-se dentro da barraca de um cão. A dona da casa ignorava por completo quem era aquela invasora, mas ouvindo sirenes por perto, ficou com a sensação que estava a fugir à polícia. Sarah tinha o marido em casa, três cães fortes e ferozes a seu lado, uma espingarda e também um taco de basebol. Se você se encontrasse na mesma circunstância como procederia?
Há que dar os parabéns à sensatez desta norte-americana, que depois de acordar o marido, ligou para o 911 (número de emergência equivalente ao nosso 112) e conservou os cães dentro de casa, porque não tinha a certeza se a invasora se encontrava armada ou não e caso ela intentasse entrar naquela casa antes da chegada da polícia, os seus residentes estariam aptos, prontos e bem apetrechados para rechaçá-la.
Felizmente nada disso foi necessário, porque a polícia chegou rapidamente com um cão de rastreamento, surpreendendo a jovem no seu esconderijo e o seu companheiro de 18 anos de idade que se encontrava acoitado num quintal vizinho. Ambos haviam roubado um carro, foram perseguidos pela polícia e intentavam escapar-se por ali. A Sr.ª Stephens sentiu-se aliviada quando viu os dois jovens finalmente algemados e não consegue deixar de pensar no que teria acontecido se não estivesse acordada, não ouvisse os roídos e não reparasse nas câmeras de vigilância. Previdente, esta família tem agora mais bloqueios e luzes de detecção de movimento para evitar que algum assim aconteça outra vez.
Para além da louvável sensatez que a Família Stephens demonstrou ao lidar com toda a situação, é de realçar que em nenhum momento puseram em risco as suas vidas e as dos seus animais, pormenor que muitos cidadãos mais exaltados poderiam não observar, ao soltar os seus cães para depois irem enterrá-los, caso a invasora estivesse armada. E como por norma um mal nunca vem só, ainda era possível que algum dos seus donos fosse atingido também. Para tudo é preciso juízo e sorte, os cães de guarda que o digam, porque alguns acabam feridos e outros mortos pelo transtorno ou despropósito dos seus donos.

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