quinta-feira, 8 de março de 2018

FINALMENTE FEZ-SE JUSTIÇA!

Segundo um relatório apresentado pelo Inspector-Geral do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoDIG), datado do passado dia 1 de Março, o Exército dos Estados Unidos maltratou os cães detectores de explosivos que retornaram da Guerra do Afeganistão, por falta de cuidados e atenção, encerrando-os em canis durante 11 meses para além do prazo para a sua adopção ou reutilização nas forças armadas ou noutras agências governamentais, adiantando ainda que algum cães podem já ter sido abatidos. Entretanto, não foi feita nenhuma selecção das pessoas que pretendiam adoptar aqueles cães.
Por outro lado, foram muitos os ex-militares que se queixaram dos maus-tratos dados aos seus camaradas de quatro patas. O mesmo relatório concluiu que o Exército ignorou várias regras do Pentágono relativas ao manuseamento dos cães que servem nas forças armadas, nomeadamente a existência de um contrato privado para o fornecimento de cães, quando tal incumbência é da responsabilidade do 341 Esquadrão de Treino da Força Aérea.
Na última Segunda-feira, o Exército dos Estados Unidos confirmou que havia manuseado de forma abusiva os cães detectores de explosivos que no Afeganistão salvaram a vida a muitos soldados norte-americanos. O porta-voz do Exército, o Major Christopher Ophardt, disse num comunicado enviado para a Reuters: “O Exército concorda com o relatório DoDIG (Inspector-Geral da Defesa) e está a cumprir as suas recomendações”. 
Recomendações que exigiam que os novos proprietários fossem avaliados pelo exército antes da entrega dos cães, já que alguns cães de varrimento foram entregues a famílias com filhos e que todos os soldados que pretendiam adoptar os cães com quem haviam trabalhado deveriam ter sido informados, porque têm esse direito e a primazia na adopção.
As recomendações exigiam ainda dos comandantes das unidade o cumprimento absoluto das regulamentações do Exército que garantem o tratamento adequado aos cães militares de trabalho. Esses regulamentos exigem planos prévios para a aposentadoria dos cães e a triagem das pessoas que pretendem adoptá-los. Em simultâneo, os mesmos regulamentos exigem que o exército controle e guarde os registos de todos os cães militares, onde deverão constar qual a sua especialidade, já que nem todos foram “sniffers” e muitos foram cães de patrulha.
Parece que finalmente foi feita justiça aos veteranos soldados caninos norte-americanos, camaradas que diariamente nos diferentes anfiteatros operacionais arriscam a sua vida para que a de outros não se extinga precocemente e possam regressar a casa sãos e salvos. Infelizmente nem todos os cães militares chegam a gozar a reforma, grande número deles continua ser abatido, o que não deixa de ser criminoso e um acto de ingratidão raramente visto. 

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