Estará para breve a dispensa
dos cães detectores de explosivos, tarefa que fere e aniquila anualmente vários
cães? Tudo indica que sim, não imediatamente mas num futuro próximo. Através do
jornal científico mensal ASC Nano, dedicado à nanociência e nanotecnologia,
ficámos a saber que um grupo de cientistas chineses (Yao Wang, Lei Jiang, Guofu
Zhou e mais colegas) conseguiu desenvolver um detector artificial tão bom
quanto o nariz de um cão, valendo-se de nanoscrolls baseados em grafeno a quem
foi adicionado “Poli” (sódio-p-estirenossulfonato), através do método da
liofilização para se criarem estruturas uniformes e desagregadas.
Quando pensamos em cães de
guerra, imaginamos animais altamente treinados para servirem no campo de
batalha e nisso estamos certos. Contudo, esses cães têm várias especialidades
para além dos serviços de sentinela, patrulha ou varrimento. Grande número
deles é especialista na detecção de minas, bombas e demais engenhos explosivos,
especialidade que tem poupado a vida a muitos combatentes, muito embora alguns
cães saiam feridos ou acabam por morrer no desempenho das suas missões.
Há mais de uma década que
se intenta substituir estes cães por robots, substituição imperfeita pela
ausência de um detector artificial tão capaz quando o do cão. Vários modelos de
cães-robots têm sido testados pelas forças armadas dos Estados Unidos e a
Boston Dynamics é a empresa que segue na vanguarda da robótica e da
inteligência artificial. A sua última criação é um robot a quem deram o nome de
“SpotMini”, um cão sem cabeça mas munido de um braço especial capaz de abrir
portas (http://time.com/5155273/boston-dynamics-spotmini-robot-dog/).
Agora, com a actual
contribuição dos cientistas orientais atrás citados, estamos cada vez mais
perto de criar um cão de guerra artificial, que para além doutras tarefas, seja
também capaz de ser um exímio detector de explosivos, novidade que a seu tempo
se saudará pelo poupar de vidas caninas. E vistas as coisas deste prisma, não
me custa acreditar que os homens no futuro virão a combater entre si com robots
ou através de jogos de guerra nos computadores (a “Guerra Cibernética” já
chegou).
Lamentavelmente,
de um jeito ou de outro, nunca nos livraremos das guerras, será que para nos
sentirmos bem temos que declarar guerra aos outros? Se assim é, que estranha
forma de vida é a nossa!
PS: É curioso reparar qual o método utilizado pelos soldados
russos na 3ª foto deste texto, onde é possível ver as bandeiras de sinalização
no terreno e as restantes num estojo que trazem às costas.
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