quinta-feira, 8 de março de 2018

ESTARÁ PARA BREVE A DISPENSA DOS CÃES DETECTORES DE EXPLOSIVOS?

Estará para breve a dispensa dos cães detectores de explosivos, tarefa que fere e aniquila anualmente vários cães? Tudo indica que sim, não imediatamente mas num futuro próximo. Através do jornal científico mensal ASC Nano, dedicado à nanociência e nanotecnologia, ficámos a saber que um grupo de cientistas chineses (Yao Wang, Lei Jiang, Guofu Zhou e mais colegas) conseguiu desenvolver um detector artificial tão bom quanto o nariz de um cão, valendo-se de nanoscrolls baseados em grafeno a quem foi adicionado “Poli” (sódio-p-estirenossulfonato), através do método da liofilização para se criarem estruturas uniformes e desagregadas.
Quando pensamos em cães de guerra, imaginamos animais altamente treinados para servirem no campo de batalha e nisso estamos certos. Contudo, esses cães têm várias especialidades para além dos serviços de sentinela, patrulha ou varrimento. Grande número deles é especialista na detecção de minas, bombas e demais engenhos explosivos, especialidade que tem poupado a vida a muitos combatentes, muito embora alguns cães saiam feridos ou acabam por morrer no desempenho das suas missões.
Há mais de uma década que se intenta substituir estes cães por robots, substituição imperfeita pela ausência de um detector artificial tão capaz quando o do cão. Vários modelos de cães-robots têm sido testados pelas forças armadas dos Estados Unidos e a Boston Dynamics é a empresa que segue na vanguarda da robótica e da inteligência artificial. A sua última criação é um robot a quem deram o nome de “SpotMini”, um cão sem cabeça mas munido de um braço especial capaz de abrir portas (http://time.com/5155273/boston-dynamics-spotmini-robot-dog/).
Agora, com a actual contribuição dos cientistas orientais atrás citados, estamos cada vez mais perto de criar um cão de guerra artificial, que para além doutras tarefas, seja também capaz de ser um exímio detector de explosivos, novidade que a seu tempo se saudará pelo poupar de vidas caninas. E vistas as coisas deste prisma, não me custa acreditar que os homens no futuro virão a combater entre si com robots ou através de jogos de guerra nos computadores (a “Guerra Cibernética” já chegou).
Lamentavelmente, de um jeito ou de outro, nunca nos livraremos das guerras, será que para nos sentirmos bem temos que declarar guerra aos outros? Se assim é, que estranha forma de vida é a nossa!
PS: É curioso reparar qual o método utilizado pelos soldados russos na 3ª foto deste texto, onde é possível ver as bandeiras de sinalização no terreno e as restantes num estojo que trazem às costas.

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