segunda-feira, 12 de março de 2018

JÁ NÃO ERA SEM TEMPO!

Finalmente o uso de coleiras de choques eléctricos vão ser proibido em Inglaterra, segundo planos governamentais confirmados no Domingo, já o é no País de Gales e tudo indica que brevemente também o será na Escócia. Por detrás desta proibição estão os defensores dos direitos dos animais que forçaram os ministros a anunciarem propostas nesse sentido.
Estes acessórios cruéis vulgarizaram-se na década de 60 no treino destinado aos cães de caça, transitando destes para outras especialidades caninas, porque era possível regular a sua intensidade, os resultados eram rápidos, a sua acção podia acontecer à distância ou com o dono ausente e o seu preço era acessível para todos. Contudo, o seu recurso é altamente cruel e coercivo, podendo esfrangalhar o carácter e os nervos de qualquer cão, tornando-o inclusive medroso, ao ponto de o fazer urinar por tudo e por nada.
A somar a isto interessa adiantar que os choques acidentais acontecem e que podem gerar sérios e indesejáveis ferimentos nos animais. Como esta “instrução” é alcançada pelo medo da punição, a obediência dos cães torna-se circunstancial por ausência do reforço positivo que torna possível o fecundo namoro entre homens e cães e que sustenta simultaneamente uma amizade franca e duradoura entre ambos.
Estes dispositivos brutais que funcionam pela dor e pelo medo para controlar cães e gatos, podem e causam danos físicos, sensoriais e psicológicos, porque para além dos choques que produzem, podem ainda pulverizar sprays e libertar um som doloroso que atenta seriamente contra a audição dos cães.
Saúda-se esta campanha dos conservadores britânicos em prol do bem-estar animal e espera-se que mais governos tomem idêntica iniciativa. Nisto não podíamos estar mais de acordo com Theresa May e o seu gabinete, valha-nos ao menos isso, já que o Brexit parece não ter volta a dar! 

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