Finalmente o uso de
coleiras de choques eléctricos vão ser proibido em Inglaterra, segundo planos
governamentais confirmados no Domingo, já o é no País de Gales e tudo indica
que brevemente também o será na Escócia. Por detrás desta proibição estão os
defensores dos direitos dos animais que forçaram os ministros a anunciarem
propostas nesse sentido.
Estes acessórios cruéis
vulgarizaram-se na década de 60 no treino destinado aos cães de caça,
transitando destes para outras especialidades caninas, porque era possível
regular a sua intensidade, os resultados eram rápidos, a sua acção podia
acontecer à distância ou com o dono ausente e o seu preço era acessível para
todos. Contudo, o seu recurso é altamente cruel e coercivo, podendo
esfrangalhar o carácter e os nervos de qualquer cão, tornando-o inclusive
medroso, ao ponto de o fazer urinar por tudo e por nada.
A somar a isto interessa
adiantar que os choques acidentais acontecem e que podem gerar sérios e
indesejáveis ferimentos nos animais. Como esta “instrução” é alcançada pelo
medo da punição, a obediência dos cães torna-se circunstancial por ausência do
reforço positivo que torna possível o fecundo namoro entre homens e cães e que
sustenta simultaneamente uma amizade franca e duradoura entre ambos.
Estes dispositivos brutais
que funcionam pela dor e pelo medo para controlar cães e gatos, podem e causam
danos físicos, sensoriais e psicológicos, porque para além dos choques que
produzem, podem ainda pulverizar sprays e libertar um som doloroso que atenta
seriamente contra a audição dos cães.
Saúda-se esta campanha dos
conservadores britânicos em prol do bem-estar animal e espera-se que mais
governos tomem idêntica iniciativa. Nisto não podíamos estar mais de acordo com
Theresa May e o seu gabinete, valha-nos ao menos isso, já que o Brexit parece
não ter volta a dar!
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