Sabia que a “LÉGION
ESPAÑOLA”, força de elite do Exército de Terra Espanhol, que desfila numa
cadência de marcha de 160 passos por minuto, tem como mascote uma cabra que sempre
a acompanha nos seus desfiles, nomeadamente no dia 12 de Outubro de cada ano e
que merece das populações grande respeito e admiração? Pouca gente sabe como “o
bode da legião” se tornou na mascote mais famosa deste corpo militar de elite,
que na maioria dos casos é um carneiro, muito embora possa eventualmente ser
substituído por um bode. A LÉGION já teve outros animais como mascotes ao longo
da sua existência: papagaios, gazelas, javalis e até um urso.
A presencia de animais de
estimação nos exércitos remonta ao tempo em que as tropas necessitavam de se
fazer acompanhar por gado nas suas campanhas, para garantirem o acesso ao leite
e à carne, essenciais à sua sobrevivência e desempenho. Com o decorrer do
tempo, pelos vínculos afectivos desenvolvidos, os militares responsáveis pelos
animais foram-lhes poupando a vida, tornando-os depois membros do efectivo das
unidades. No caso da LÉGION, os animais que tem vindo adoptar são nativos das
zonas onde está estacionada ou para onde é mobilizada, como aconteceu com os
macacos de Ceuta e Gibraltar, javalis de diferentes lugares e o urso de nome “Magan”,
que pertencia ao efectivo do IV Bandeira.
O “Bode da Legião”
(cabrito ou carneiro), e isto dito por quem já assistiu”, é uma das personagem
mais aclamadas no Dia de la Hispanidad. O animal é adornado nessa ocasião com
uma capa com motivos militares, os seus cornos são pintados a ouro e desfila
com o bivaque legionário (caipirí) na cabeça. Actualmente já não é o único
animal que desfila com LÉGION no Dia de la Hispanidad, porque este corpo especial
de tropas, desde a criação da Unidade de Emergência Militar (UME) em 7 de Outubro
de 2005, passou também a desfilar com cães de resgate. Não obstante, o carneiro
conhecido por “cabra da legião” continua o seu mascote, como se fosse a sua “imagem
de marca”.
A “Cabra” mais amada e
mais famosa da LÉGION foi o carneiro “Pepe”, nascido em Aragão, que serviu nas
suas fileiras durante 12 anos, vindo a ser aposentado em 2005. Ao terminar o
seu serviço foi transferido para o Santuário Refuge La Pepa de Cádiz,
permanecendo ali até à sua morte que ocorreu em 2016. Foi incinerado, envolto
na bandeira espanhola e milhares de espanhóis de todos os cantos vieram
assistir à sua incineração, despedir-se desta “cabra” emblemática (na foto
abaixo).
São muitos os países cujos
exércitos têm mascotes e os ingleses são dos que têm mais, que para além de
vários cães e outros animais, têm também simpático um pónei que é a mascote de
um regimento de pára-quedistas, conforme podemos ver a seguir na companhia da
Duquesa da Cornualha. Ignoramos se alguma força militar ou paramilitar
portuguesa tem algum mascote.
Quanto aos espanhóis,
somos obrigados a dizer que a Espanha é muito grande e que há espanhóis capazes
de tudo, desde aqueles que enforcam galgos até aos que veneram carneiros, o que
não implica em dizer que todos os que vivem da nossa linha de fronteira para
dentro sejam todos uns anjos. Ainda acerca dos mascotes da LÉGION, para além do
Pepe, este corpo especial de tropas teve mais duas cabras adoradas: Pablo e
Miura.
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