domingo, 6 de agosto de 2023

UM INCIDENTE E UM CONSELHO

 

Os bombeiros são na sua maioria gente boa, exceptuando aqueles poucos que ateiam fogo para depois irem apagá-lo e os que provocam acidentes para virem a ser chamados. Os bombeiros austríacos e alemães passam a vida a resgatar cães e sentem-se bem ao fazê-lo. Ontem à tarde, sábado, na cidade medieval austríaca de Kitzbühel, no Tirol, um cão caiu no inundado rio Kitzbüheler Ache, que levava uma forte correnteza e ter-se-ia afogado se não fosse socorrido.

Foi o próprio cão que chamou a atenção para si mesmo ao ladrar e uivar. Vários transeuntes deparam-se com o animal naquelas revoltosas águas e avisaram a polícia e os bombeiros. Dois bombeiros desceram por uma escada e resgataram o assustado animal daquela difícil situação.

São e salvo, o cão foi entregue ao seu dono, participando no seu resgate três veículos e 12 homens sob o comando do comandante de pelotão Marco Eller e da polícia.

Este incidente que acabou por ter um final feliz, o que nem sempre acontece, trouxe-me à memória uma dificuldade muito comum entre as raças molossóides, aquelas cujos indivíduos apresentam cabeças maciças, redondas ou em cubo com um focinho geralmente curto, lábios espessos e longos, stop considerável, corpo maciço e frequentemente gigantesco, como são os casos do Rottweiler, dos diversos Buldogues, do Cão da Serra da Estrela, do Castro Laboreiro, do Rafeiro Alentejano, do Bouvier Suíço e do Dogue de Bordéus, entre outros. Ao contrário dos Terra Nova, que também são molossos e excelentes nadadores, a maioria destes cães não nada naturalmente por desuso dos membros posteriores, pelo que carecem de aprender a fazê-lo sob o risco de morrerem afogados. Para se evitarem duras resistências e algumas escaramuças, é conveniente que comecem a nadar aos 4 meses, na “idade da cópia”, altura em que tendem a seguir os cães adultos que se tornarão seus mestres. O Verão é uma óptima estação para ensinar o seu cão a nadar correctamente, com a 4 patas abaixo da linha de água, poupando assim os bombeiros que tanta falta fazem no combate ao flagelo dos fogos florestais. O conselho está dado!

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