Não
é só neste paraíso plantado à beira do Atlântico que as cianobactérias
proliferam, elas estão por toda a parte e sempre acabam por fazer vítimas, na
sua maioria cães. Assim como o sul de Portugal está em seca extrema, também os
rios franceses já tiveram dias melhores, particularmente o outrora magnífico
Loire, rio com 1.006 km de extensão que tem todo o seu curso em França, que hoje
se atravessa a pé em vários lados e onde as cianobactérias se fazem presentes
(como é possível ainda haver quem negue o aquecimento global e as alterações
climáticas dele resultantes). Dois cães foram envenenados por cianobactérias no
Loire, respectivamente nos municípios de Denée e Rochefort-sur-Loire, o que
levou a prefeitura do departamento a alertar as populações e a interditar os
banhos. O baixo nível do Loire e o aumento das temperaturas criam as condições
ideais para a proliferação das algas tóxicas, cujas toxinas são particularmente
perigosas, especialmente para os cães.
No
início da semana, segunda-feira 07 de agosto, na cidade de Rochefort-sur-Loire,
um cão intoxicado por cianobactérias não conseguiu sobreviver, segundo informou
o perfeito daquela cidade num comunicado à imprensa. No dia seguinte,
terça-feira, dia 08 de agosto, na cidade vizinha de Denée, um segundo cão foi
infectado, mas levado a tempo ao veterinário conseguiu sobreviver. A agência
Regional de Saúde (ARS) está a planear investigações adicionais e as
autoridades alertam para os sintomas mais comuns provocados pela intoxicação
por cianobactérias nos cães - distúrbios digestivos, nervosos e respiratórios –
que mal se manifestem obrigarão à consulta de veterinário.
Para
se evitar a contaminação humana, as autoridades estão a pedir maior vigilância
quando as crianças estiverem à beira de água, sabendo também saber que é
necessário lavar e impar com água corrente todo e qualquer equipamento após as
actividades náuticas. A prefeitura do Departamento do Loire lembra que é
estritamente proibido tomar banho no rio Loire devido ao grande risco de
afogamento, enfatizando em simultâneo a recomendação de ninguém nadar noutros
riachos e corpos de água não supervisionados.
Você observe aqui os mesmos cuidados, quer esteja com o seu cão no norte, centro ou sul do País. Atenção que também aparecem cianobactérias na água do mar, o que o obriga a estar atento às bandeiras sinalizadoras e às recomendações das autoridades sanitárias e marítimas.
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