terça-feira, 29 de agosto de 2023

PRECISA-SE DE 70 CÃES IDOSOS PARA UM ESTUDO SOBRE O ENVELHECIMENTO CANINO

 

A ÉCOLE NATIONALE VÉTÉRINAIRE DE TOULOUSE (ENVT) decidiu lançar um estudo sobre o envelhecimento canino, mas está com dificuldade em “recrutar” candidatos, 70 cães com um mínimo de 8 anos de idade, com um peso mínimo de 20 kg e que se encontrem em bom estado de saúde, com o objectivo de alimentá-los com ração fornecida por aquela escola e realizar-lhes check-ups semestrais. “Os nossos cães de companhia vivem cada vez mais, mas a sua expectativa de vida saudável não aumentou”. Esta observação proveio da Escola Nacional de Veterinária de Toulouse (Haute-Garonne), que decidiu lançar um estudo denominado “CANISENIOR” para tentar melhorar as condições de envelhecimento nos cães. Contudo, segundo relata o jornal Actu Toulouse na sua edição de sábado, dia 26 de agosto, os autores do estudo estão a lutar para encontrar candidatos. “O objetivo do projecto é monitorar 70 cães idosos ao longo de um ano e meio ”, explicou a médica veterinária Tiphaine Blanchard.

Depois de conferidos a idade, o peso e o estado de saúde dos cães, estes serão sujeitos a uma consulta médica gratuita na ENVT, onde serão sujeitos a uma avaliação completa, integrando o presente estudo depois de aprovados. Durante um ano e meio, os donos terão que seguir um programa bem definido e terão que alimentar os seus cães com a ração fornecida pelos veterinários do estudo. A ração a respeitar será adiantada posteriormente. De seis em seis meses, cada cão passará por uma consulta, um exame de sangue e uma análise da microbiota intestinal. Os donos dos cães comprometem-se ainda em alertar os veterinários no caso de observarem algum problema de saúde nos seus cães durante a experiência. As consultas realizadas no âmbito do estudo “CANISENIOR” são gratuitas mas obrigatórias. A ração será entregue aos proprietários caninos a cada três meses, directamente na Escola Nacional de Veterinária de Toulouse, que no seu site especifica que não irá substituir os veterinários que tratam dos cães, pelo que não os monitorará a eles nem às suas vacinas.

Penso que a resistência à participação neste estudo por parte dos donos dos animais se deve ao facto de não querem fazer dos seus fiéis amigos cobaias, não antevendo para eles algum benefício imediato. Por outro lado, atendendo à idade mínima que é requerida, poucos estarão na disponibilidade de sujeitar os seus velhos companheiros a experiências, mesmo que venham a ser para o bem dos cães em geral. Penso que o tempo correrá a favor dos veterinários da ENVT, caso consigam garantir aos donos que os seus cães não correm qualquer risco!

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