Como
todos sabemos ou deveríamos saber, quanto mais rica for a vida social dos cães
mais chances têm de vir a ter um vida longa, o que torna a sociabilização com
pessoas e cães no melhor dos antídotos contra a sua menor esperança de vida,
não esquecendo como é óbvio o precioso acompanhamento médico-veterinário. Ao
trabalharem em conjunto com o Yorkshire Ozzy, os CPA’s Bohr e Dobby, para além
de aprenderem as necessárias regras de convivência, o que os coloca em
igualdade a despeito das suas diferenças, estão a estender reciprocamente a
longevidade uns aos outros pela camaradagem que a divisão das tarefas oferece e
que acaba por recriar o seu natural viver social. E o mais curioso disto tudo,
é que estão a escrever páginas das suas vidas sem darem por isso. Iniciámos a
aula de ontem pela obediência linear sobre um magnífico relvado muito bem
tratado, onde os binómios foram convidados a executar os subsídios direccionais
e as figuras de obediência mais recorrentes, muito embora a relva esteja para a
tosse do canil e para outras infecções (bacterianas, microbiais e virais) como
um fósforo para as ignições.
Depois
de condenado a uma semana de ausência das aulas, o CPA Dobby retornou ao
trabalho e apresentou-se coma mesma disponibilidade de sempre, encantado por
ter a sua dona ao lado e sempre ávido de novos desafios. Na foto seguinte, em
porte majestoso e no desempenho do “junto”, vemo-lo a olhar atentamente para a
sua líder como que a dizer “conta comigo!”
Lupino
ligado a compromissos, o Dobby prontificou-se a saltar um comum bebedouro de
jardim, apesar da sua dona não lhe ter facilitado a tarefa, uma vez que mais
uma vez não se adiantou na saída do salto, obrigando o animal a saltar
ancorado.
Do
jardim saímos para um Slalom urbano e os cães foram convidados a fazê-lo
conjuntamente para se tirar partido da sua competitividade natural. Pese embora
o seu pequeno tamanho, o Yorkshire Ozzy é de uma celeridade estonteante, o que
obriga a sua dona a esforços a que já não estava acostumada. Porém, ninguém
espera pela Margarida!
Seguidamente
pusemos os cães a saltar em simultâneo duas floreiras cobertas de serralhas,
erva comestível rica em proteínas e vitaminas que ninguém aproveita. A
sincronia entre os cães resultou em pleno, indício claro da sociabilização que
se procura.
Apesar
de ser menos útil aqui do que na Ucrânia, ainda bem que o Ozzy nasceu português,
porque doutro modo acabaria como cão detector de explosivos, considerando o seu
tamanho, máquina sensorial, intrepidez, curiosidade, desejo de interagir e
capacidade de aprendizagem. Como os soldados podem morrer na guerra, quer sejam
homens ou cães, é melhor que o Ozzy usufrua da paz à sua volta e se divirta a
evoluir por passagens estreitas e a explorar os túneis mais exíguos.
Ainda
não se sinta cem por cento à vontade ao lado do CPA Bohr, porque o velho
lupino, agora numa crise de meia-idade, não pára de lhe cheirar o rabo, o incómodo não o impede de se sentar ao seu lado e por vezes até com mais garbo. Ultimamente
não têm trabalhado muitas vezes juntos devido aos múltiplos afazeres do Paulo
Jorge, uma verdadeira vítima nas mãos da sua entidade empregadora.
Com a ventania que ontem ao entardecer se fez sentir, corremos literalmente ao sabor do vento, sem contudo nenhum cão ter ido pelos ares. Os Pastores Alemães gostaram da ventania e o Ozzy, apesar de despenteado, não se sentiu incomodado. As metas e os objectivos do Plano de Aula foram cumpridos.
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