quarta-feira, 30 de agosto de 2023

3 CAMARADAS A LABUTAR PRÀ LONGEVIDADE MÚTUA

 

Como todos sabemos ou deveríamos saber, quanto mais rica for a vida social dos cães mais chances têm de vir a ter um vida longa, o que torna a sociabilização com pessoas e cães no melhor dos antídotos contra a sua menor esperança de vida, não esquecendo como é óbvio o precioso acompanhamento médico-veterinário. Ao trabalharem em conjunto com o Yorkshire Ozzy, os CPA’s Bohr e Dobby, para além de aprenderem as necessárias regras de convivência, o que os coloca em igualdade a despeito das suas diferenças, estão a estender reciprocamente a longevidade uns aos outros pela camaradagem que a divisão das tarefas oferece e que acaba por recriar o seu natural viver social. E o mais curioso disto tudo, é que estão a escrever páginas das suas vidas sem darem por isso. Iniciámos a aula de ontem pela obediência linear sobre um magnífico relvado muito bem tratado, onde os binómios foram convidados a executar os subsídios direccionais e as figuras de obediência mais recorrentes, muito embora a relva esteja para a tosse do canil e para outras infecções (bacterianas, microbiais e virais) como um fósforo para as ignições.

Depois de condenado a uma semana de ausência das aulas, o CPA Dobby retornou ao trabalho e apresentou-se coma mesma disponibilidade de sempre, encantado por ter a sua dona ao lado e sempre ávido de novos desafios. Na foto seguinte, em porte majestoso e no desempenho do “junto”, vemo-lo a olhar atentamente para a sua líder como que a dizer “conta comigo!”

Lupino ligado a compromissos, o Dobby prontificou-se a saltar um comum bebedouro de jardim, apesar da sua dona não lhe ter facilitado a tarefa, uma vez que mais uma vez não se adiantou na saída do salto, obrigando o animal a saltar ancorado.

Do jardim saímos para um Slalom urbano e os cães foram convidados a fazê-lo conjuntamente para se tirar partido da sua competitividade natural. Pese embora o seu pequeno tamanho, o Yorkshire Ozzy é de uma celeridade estonteante, o que obriga a sua dona a esforços a que já não estava acostumada. Porém, ninguém espera pela Margarida!

Seguidamente pusemos os cães a saltar em simultâneo duas floreiras cobertas de serralhas, erva comestível rica em proteínas e vitaminas que ninguém aproveita. A sincronia entre os cães resultou em pleno, indício claro da sociabilização que se procura.

Apesar de ser menos útil aqui do que na Ucrânia, ainda bem que o Ozzy nasceu português, porque doutro modo acabaria como cão detector de explosivos, considerando o seu tamanho, máquina sensorial, intrepidez, curiosidade, desejo de interagir e capacidade de aprendizagem. Como os soldados podem morrer na guerra, quer sejam homens ou cães, é melhor que o Ozzy usufrua da paz à sua volta e se divirta a evoluir por passagens estreitas e a explorar os túneis mais exíguos.

Ainda não se sinta cem por cento à vontade ao lado do CPA Bohr, porque o velho lupino, agora numa crise de meia-idade, não pára de lhe cheirar o rabo, o incómodo não o impede de se sentar ao seu lado e por vezes até com mais garbo. Ultimamente não têm trabalhado muitas vezes juntos devido aos múltiplos afazeres do Paulo Jorge, uma verdadeira vítima nas mãos da sua entidade empregadora.

Com a ventania que ontem ao entardecer se fez sentir, corremos literalmente ao sabor do vento, sem contudo nenhum cão ter ido pelos ares. Os Pastores Alemães gostaram da ventania e o Ozzy, apesar de despenteado, não se sentiu incomodado. As metas e os objectivos do Plano de Aula foram cumpridos.

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