quarta-feira, 16 de agosto de 2023

PREPARE-SE PARA AS ENXURRADAS

 

Nestes últimos dias tem havido enxurradas no distrito de Washington, nos Estados Unidos, rebentando uma delas com a parede de uma creche para cães, o que teve como consequência a morte de vários animais. Alguns dos pets afogaram-se quando a água subiu 2 metros fora do District Dogs na tarde de segunda-feira. A parede frontal e as janelas daquele local para animais desabram, permitindo que a água  entrasse e o inundasse. Sabe-se que vários funcionários e 20 cães foram resgatados, mas as autoridades não divulgaram quantos cães morreram. Os proprietários da creche, na noite de segunda-feira, através de um comunicado emitido no Twitter, agora conhecido por “X”, chamaram os funcionários e as acções dos socorristas de “rápidas e heróicas” no resgate aos animais.

Como já se percebeu, as alterações climáticas vieram para ficar, como resultado da queima de combustíveis fósseis, do abate das florestas e da criação de gado. As enormes quantidades de gases com efeito de estufa (dióxido de carbono (CO2) Metano; óxido nitroso e gases fluorados) provenientes destas actividades acrescem às quantidades naturalmente presentes na atmosfera, reforçando o efeito estufa e o aquecimento do planeta, o que tem levado ao derretimento das calotas polares, à subida das águas dos mares, a súbitas tempestades e a enxurradas colossais nunca vistas.

Independentemente do sítio onde viva, a menos que habite no alto de uma montanha rochosa, esteja preparado para os vários fenómenos promovidos pelo aquecimento global, mesmo que no local nunca tenha havido notícia de um grande incêndio, de um tufão, de uma queda abrupta de granizo fora de estação, de uma chuva diluviana, de um desabamento de terras ou de uma grande enchente (cheia). Lembro-lhe que estes “fenómenos” atmosféricos podem levar tudo à frente, inclusive vidas, em questão de segundos.

Se tivermos a possibilidade de nos mantermos informados, o que é primordial nos tempos que correm, podemos precaver-nos e evitar que venhamos a aumentar o número de vítimas. Aqueles que entre nós têm cães deverão igualmente protegê-los e prepará-los para estas ocasiões. Se ao cortar o mato ao redor da minha casa posso evitar que venha a ser queimada, se ensinar o meu cão a nadar e nisso o exercitar, poderei evitar que venha a morrer afogado. Desculpem-me a insistência, mas estamos no Verão e não há melhor estação para o fazer.

Se ainda não tem em casa coletes salva-vidas para si, para os seus e para os animais que possui, adquira-os quanto antes, principalmente se vive sobre ou ao lado de uma linha de água, numa cave, num vale, numa cidade plana, numa zona baixa ou ribeirinha (um barco pneumático daria também muito jeito). Os que vivem virados para o mar também não se podem descuidar, porque os tsunamis existem e acontecem ciclicamente. Não estou para aqui armado em Noé, o que eu não quero é que ninguém se afogue (pessoas e animais) e que todos estejamos preparados para enfrentar e vencer as enxurradas. Para que isso aconteça, é preciso treinar atempadamente um plano de evasão e contingência extensível a todos os membros do agregado familiar (cães inclusive) – cada um deverá saber exactamente o que tem a fazer naquela situação!

PS: No litoral, as creches, os hotéis caninos  e outros estabelecimentos que albergam cães durante o dia, deverão encontrar-se munidos de um barco pneumático e de coletes salva-vidas de vários tamanhos para os cães. A lei aqui não exige nada disso, o que não é de estranhar, acostumados que andamos a correr atrás do prejuízo!

Sem comentários:

Enviar um comentário