Nestes
últimos dias tem havido enxurradas no distrito de Washington, nos Estados
Unidos, rebentando uma delas com a parede de uma creche para cães, o que teve
como consequência a morte de vários animais. Alguns dos pets afogaram-se quando
a água subiu 2 metros fora do District Dogs na tarde de segunda-feira. A parede
frontal e as janelas daquele local para animais desabram, permitindo que a
água entrasse e o inundasse. Sabe-se que
vários funcionários e 20 cães foram resgatados, mas as autoridades não
divulgaram quantos cães morreram. Os proprietários da creche, na noite de
segunda-feira, através de um comunicado emitido no Twitter, agora conhecido por
“X”, chamaram os funcionários e as acções dos socorristas de “rápidas e
heróicas” no resgate aos animais.
Como
já se percebeu, as alterações climáticas vieram para ficar, como resultado da
queima de combustíveis fósseis, do abate das florestas e da criação de gado. As
enormes quantidades de gases com efeito de estufa (dióxido de carbono (CO2)
Metano; óxido nitroso e gases fluorados) provenientes destas actividades
acrescem às quantidades naturalmente presentes na atmosfera, reforçando o
efeito estufa e o aquecimento do planeta, o que tem levado ao derretimento das
calotas polares, à subida das águas dos mares, a súbitas tempestades e a
enxurradas colossais nunca vistas.
Independentemente
do sítio onde viva, a menos que habite no alto de uma montanha rochosa, esteja preparado
para os vários fenómenos promovidos pelo aquecimento global, mesmo que no local
nunca tenha havido notícia de um grande incêndio, de um tufão, de uma queda
abrupta de granizo fora de estação, de uma chuva diluviana, de um desabamento
de terras ou de uma grande enchente (cheia). Lembro-lhe que estes “fenómenos”
atmosféricos podem levar tudo à frente, inclusive vidas, em questão de
segundos.
Se
tivermos a possibilidade de nos mantermos informados, o que é primordial nos
tempos que correm, podemos precaver-nos e evitar que venhamos a aumentar o
número de vítimas. Aqueles que entre nós têm cães deverão igualmente
protegê-los e prepará-los para estas ocasiões. Se ao cortar o mato ao redor da
minha casa posso evitar que venha a ser queimada, se ensinar o meu cão a nadar
e nisso o exercitar, poderei evitar que venha a morrer afogado. Desculpem-me a insistência,
mas estamos no Verão e não há melhor estação para o fazer.
Se ainda não tem em casa coletes salva-vidas
para si, para os seus e para os animais que possui, adquira-os quanto antes,
principalmente se vive sobre ou ao lado de uma linha de água, numa cave, num
vale, numa cidade plana, numa zona baixa ou ribeirinha (um barco pneumático
daria também muito jeito). Os que vivem virados para o mar também não se podem
descuidar, porque os tsunamis existem e acontecem ciclicamente. Não estou para
aqui armado em Noé, o que eu não quero é que ninguém se afogue (pessoas e
animais) e que todos estejamos preparados para enfrentar e vencer as enxurradas.
Para que isso aconteça, é preciso treinar atempadamente um plano de evasão e
contingência extensível a todos os membros do agregado familiar (cães
inclusive) – cada um deverá saber exactamente o que tem a fazer naquela
situação!
PS: No litoral, as creches, os hotéis caninos e outros estabelecimentos que albergam cães durante o dia, deverão encontrar-se munidos de um barco pneumático e de coletes salva-vidas de vários tamanhos para os cães. A lei aqui não exige nada disso, o que não é de estranhar, acostumados que andamos a correr atrás do prejuízo!
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