Neste
momento, em matéria de ensino, o CPA Dobby está a transitar da condução à trela
para a condução em liberdade. Se até aqui era o cão que era objecto de maior
reparo, doravante será a sua dona, que terá que gerir acertadamente tudo aquilo
que o animal aprendeu à trela, sabendo-se de antemão que os cães são melhores
receptores do que os seus donos como emissores das ordens, ordens que abraçarão
3 linguagens (a verbal, a gestual e a sonora) de acordo com as diferentes exigências
operacionais, considerando em primeiro lugar o bem-estar dos animais e depois o
pleno cumprimento das suas tarefas. A condução em liberdade permite entre
muitas coisas, trabalhar os cães à distância de modo inaudível e sugerir-lhes
toda a sorte de manobras que vão desde o salvamento até ao ofício guardião. A
transição da condução à trela para a condução em liberdade é a primeira grande
barreira que os binómios irão enfrentar, quem a ultrapassar descobrirá todo o
potencial da cumplicidade canina e quem não a vencer, por demérito seu, acabará
por desaproveitar o melhor que o seu cão tinha para dar. No GIF acima vemos o
Dobby a ultrapassar um conjunto de obstáculos destinados às crianças e na foto
abaixo, também em liberdade, a ultrapassar uma cerca de madeira com 120 cm de
altura, partindo a 2 metros do obstáculo.
Ontem,
deu muito jeito à Maria que o Dobby já trabalhasse em liberdade, porque
acidentalmente caiu de um escadote e acabou por adquirir algumas dores e nódoas
negras, hematomas que a obrigaram a trabalhar espaçadamente. Como o cão não se
queixava de nada, foi convidado a saltar e a sentar-se sobre um pilar
rectangular com 30 cm de cumprimento, 15 de largura e elevado a 1 metro.
Com
todas as características inerentes ao bom desempenho na disciplina de
salvamento, o Dobby foi convidado pelo Adestrador a esgueirar-se entre as
raízes de um pinheiro-manso, exercício que executou a gosto com grande
desembaraço e alegria.
Como
parte da sua formação, ontem convidámos o CPA Dobby a trabalhar num terreno
desconhecido. O lupino não estranhou a novidade do ecossistema, executou tudo o
que lhe foi pedido e nunca tirou os olhos da dona sinistrada.
Como
já vem sendo hábito há décadas, a Maria, que anda louca para se estrear no
rafting, iniciou-se também ontem na técnica de condução, num banal exercício de
“up” e “abaixo”, conforme se pode ver no GIF seguinte.
Ensinar o Dobby é um privilégio, ensinar a Maria é um grande desafio, porque importa adaptá-la convenientemente para a tão desejada comunicação interespécies. Sinta ela as dificuldades que sentir, a melhor ajuda virá do seu fiel Pastor Alemão, que nunca a deixou ficar mal!
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