Nas
últimas semanas, os ataques de cães perigosos têm aumentado no estado alemão de
Brandenburg, sendo uma criança mordida na cabeça e uma mulher levada por um helicóptero
de resgate ao hospital. Uma avaliação recente mostra quais são os cães que
mordem com mais frequência. Em Burg (Spreewald), três mestiços de Labrador
atacaram um ciclista de 61 anos que teve que ser levado às pressas para o hospital
pelo helicóptero de resgate; em Perleberg (Prignitz), um transeunte de 53 anos
foi mordido numa coxa por um cão pastor e em Falkenhagen (Märkisch-Oderland), um
cão solto atacou uma menina e mordeu-lhe o rosto (diz-se que era um American
Staffordshire Terrier).
Conforme
relatou o Ministério do Interior de Brandemburgo em resposta a uma solicitação de
um importante jornal regional, 299 ataques caninos à dentada foram relatadas no
ano passado. O ranking desta desgraça ficou assim ordenado: Raças mistas (72);
Pastores Alemães (66); Labrador Retrievers (43); Boxers (24) e Rottweilers (18),
sendo estas as raças mais frequentemente envolvidas em incidentes ataques
caninos. Um caso particularmente trágico ocorreu no início de abril em Worin,
perto de Seelow (Märkisch-Oderland), onde um homem de 81 anos teria sido
mordido por quatro buldogues tão gravemente que acabou por morreu no hospital.
Se as dentadas dos cães foram responsáveis pela morte do homem ainda não foi
esclarecido durante a autópsia.
As “proezas” das raças cruzadas não me
apanharam desprevenido, porque a maioria desses cruzamentos não é acidental,
tem um propósitos definidos e tende a esconder aquilo que é. O que me espanta
são os Labradores que aqui, salvo raras excepções, são mansos como “a cal da
parede”. Onde têm os alemães ido buscar os seus Labradores? Será que são mesmo
Labradores ou tiveram algum progenitor Rottweiler? O cruzamento destas duas raças
tanto pode produzir indivíduos dóceis como bravos, dependendo isso
principalmente dos impulsos herdados à luta e ao poder, que somados ao impulso
ao conhecimento presente nos Labradores, poderá gerar indivíduos que virão a
ser potentes armas assassinas, sendo alguns dos seus descendentes piores do que
eles. É curioso que estes híbridos ocultam a sua ascendência Rottweiler enquanto
são cachorros, antes da puberdade e por ocasião da vacinação, podendo fazê-lo
até mais tarde, mas nunca depois dos 3 anos de idade. Eu não digo que é isso
que está a acontecer, mas a dizer que tal é possível tanto nos cruzados como
nos ditos Labradores. Não é de hoje que esta sacanagem é feita em Portugal,
porque possibilita a posse de um Rottweiler oculto num Labrador e vice-versa,
sendo o segundo caso já tentado para exposições de beleza na procura de maior
volume de cabeça no molosso.
PS: Os labradores requeridos para esta hibridação terão que ser negros ou recessivos nessa côr.
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