A
escola italiana de cães salva-vidas tem prestígio e créditos firmados, sendo na
sua actividade uma das melhores da Europa e do Mundo, o que faz com que seja
procurada por formandos estrangeiros, pois há que aprender com os melhores. Este
domingo à tarde, anteontem, dois Golden Retrievers salva-vidas conseguiram resgatar
com vida cinco meninos que foram levados por um agueiro mar adentro na praia de
Forte dei Marmi, na Toscana. As crianças foram parar a 50 metros da costa, não
conseguiram retornar e começaram a pedir ajuda. Os cães de resgate Kelly de 2
anos e Beatrice de 5, da Escola Italiana de Cães de Resgate, não hesitaram em
mergulhar, segundo disse o jornal La Reppublica. Os cães estavam na ocasião
acompanhados pelos seus tratadores, Sandro Petrillo e Gabriele Casini, que
contaram com a preciosa ajuda do nadador-salvador de plantão, Riccardo
Iacopetti. “Sandro com Kelly, Gabriele com Beatrice e Riccardo Iacopetti, o nadador-salvador
da cooperativa Open Service Società, intervieram e conseguiram salvar todos com
muito esforço", disse num post a Escola Italiana de Cães de Resgate, SICS
Florença - Forte dei Marmi, na região da Toscana. Mal os cães chegaram à praia,
foram objecto de muitos aplausos e carinho como reconhecimento do seu valioso
trabalho.
Os agueiros, que acontecem amiúde nas nossas praias e que não têm poupado vítimas, podem ser definidos como o refluxo do volume da água que retorna da costa para o mar pela força gravitacional, formando canais pelo rompimento dos bancos de areia devido ao escoamento das águas. É do conhecimento geral que a maioria das vítimas por afogamento nas nossas praias acontece fora da época balnear ou em praias não vigiadas (não sei porque é que não as interditam a banhos definitivamente). Com tanto oceano pela frente e praias infindas, repletas de nacionais e estrangeiros, onde não faltam agueiros, alguém me saberá explicar porque é que não temos nas praias mais concorridas cães salva-vidas? Provavelmente porque o estado não tem verba para isso, como não tem para outras tantas coisas essenciais ao sobrecarregar-se com o que não devia. Se o estado não pode, então que o faça a iniciativa privada, porque na hora do aperto ninguém vai perguntar ao cão se é do estado ou é privado! Não deveria a concessão das praias ser atribuída a quem oferecesse mais e melhores meios de socorro?
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