Falemos
da cidade primeiro. Chandigarh é a capital dos estados indianos do Punjab e de
Haryana, situa-se no noroeste do país no território com o mesmo nome, exactamente
entre os dois estados e tem mais de 1 milhão de habitantes. Foi fundada em 1947
após a divisão da Índia. O seu monumento mais icónico é a “MÃO ABERTA”
(na foto seguinte) da autoria do arquitecto suíço naturalizado francês Charles-Edouard
Jeanneret-Gris, mais conhecido pelo pseudónimo “LE
CORBURSIER”, que para além de ter sido um dos mais importante
arquitectos do Séc. XX, foi também urbanista e escultor. Este monumento é o maior
exemplo das muitas esculturas “mão aberta” que produziu. O monumento tem 26
metros de altura, pesa cerca de 50 toneladas e foi projectado para girar com o
vento. Segundo o seu autor, o monumento é um símbolo da “paz e da reconciliação”,
estando a mão aberta para dar e receber, muito embora indianos e paquistaneses
não sejam muito versados em trocar mimos uns com os outros. Para Le Corbusier a
estátua representa também a “Segunda Era da Máquina”. A alfabetização em Chandigarh
ronda os 100%, 76% da sua população professa o hinduísmo; 16,1% o siquismo e 4%
o islamismo.
O que mais preocupa as autoridades da cidade são os 5.365 ataques caninos que nela aconteceram no ano passado, um recorde que ninguém quer e que está obrigar à reformulação dos estatutos relativos aos cães para que sejam mais rígidos. Os dados estaduais destes ataques foram revelados pelo Ministério da Saúde e Bem-estar Familiar ao ser interpelado sobre o assunto. Até ao 30 de novembro de 2022 foram relatados 4.735 ataques caninos e em 2021 a cidade registou 6.306. Entretanto, o Corpo Clínico da cidade diz que desde 2015 já esterilizou 22.000 cães e que recentemente iniciou uma nova campanha de esterilização para combater esta ameaça, procedendo em simultâneo a um processo de reformulação dos regulamentos relativos aos cães para que se tornem mais rigorosos. Com as autoridades a reconhecer que não conseguiram alcançar os resultados desejados, são muitas as vozes que se levantam contra a sua inoperância, criticando governantes, veterinários, funcionários e polícias envolvidos na contenção dos ataques caninos, gente que não se inibe de dizer que as campanhas de captura e esterilização caninas foram uma mera lavagem de olhos e que os pacientes mordidos por cães não recebem o melhor apoio por parte dos hospitais. Lisboa tem sensivelmente metade da população de Chandigarh, se nela tivéssemos anualmente metade dos ataques caninos que ocorrem naquela cidade indiana (2.682), logo alguém reclamaria pelo estado de emergência! This is Índia and that's all!
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