“VIDA POR VIDA”
é um conhecido lema dos bombeiros e “VIDA
POR VIDAS” deveria ser o dos cães policiais, dos antiterroristas
e dos de guerra, porque arriscam a sua vida para salvar a de muitos, não sendo por
vezes o seu sacrifício devidamente reconhecido. Um cão do exército indiano com
dois anos de idade chamado AXEL,
que foi morto no cumprimento do dever em Jammu e Caxemira no passado dia 30 de
julho, enquanto participava numa operação de busca com o Batalhão de Rifles
Rashtriya, recebeu postumamente o prémio de bravura “MENTION-IN-DEPATCHES”,
equivalente à Medalha PDSA Dickin na Grã-Bretanha e à Medalha de coragem K9
norte-americana.
Na
altura da sua morte, Axel servia na 26ª Unidade de Cães do Exército no Vale de
Caxemira e foi incumbido de participar num varrimento durante uma operação antiterrorista
levada a cabo pelo 29 Rifles Rashtriya. Enquanto o cão procedia ao varrimento
das salas onde os suspeitos de terrorismo se escondiam, um deles disparou-lhe
vários tiros, revelando-se fatais. A sua autópsia, realizada no 54º Hospital
Veterinário do Exército, revelou que fora atingido 10 vezes e que apresentava
uma fractura no fémur.
Morto em combate e homenageado a título póstumo numa cerimónia realizada no quartel-general do 10º Sector Rashtriya, várias coroas de flores foram colocadas ao lado seu féretro pelo General Officer Commanding Kilo Force of Rashtriya Rifles e outros oficiais superiores. Após esta cerimónia, este Malinois foi sepultado no terreno da unidade que tão valentemente serviu – a 26ª Army Dog Unit.
Cães de guerra são soldados como os humanos que os acompanham, merecendo por isso ser igualmente homenageados, nem que seja para serem lembrados e respeitados, para que o seu sacrifício não tenha sido em vão e votado ao esquecimento.
E quando um cão destes morre, morre também um pouco do seu parceiro humano, que o treinou e preparou para enfrentar a morte olhos nos olhos, muito embora no seu íntimo nunca esteja preparado para o perder.
Sem comentários:
Enviar um comentário