terça-feira, 16 de agosto de 2022

VIDA POR VIDAS

 

VIDA POR VIDA” é um conhecido lema dos bombeiros e “VIDA POR VIDAS” deveria ser o dos cães policiais, dos antiterroristas e dos de guerra, porque arriscam a sua vida para salvar a de muitos, não sendo por vezes o seu sacrifício devidamente reconhecido. Um cão do exército indiano com dois anos de idade chamado AXEL, que foi morto no cumprimento do dever em Jammu e Caxemira no passado dia 30 de julho, enquanto participava numa operação de busca com o Batalhão de Rifles Rashtriya, recebeu postumamente o prémio de bravura “MENTION-IN-DEPATCHES”, equivalente à Medalha PDSA Dickin na Grã-Bretanha e à Medalha de coragem K9 norte-americana.

Na altura da sua morte, Axel servia na 26ª Unidade de Cães do Exército no Vale de Caxemira e foi incumbido de participar num varrimento durante uma operação antiterrorista levada a cabo pelo 29 Rifles Rashtriya. Enquanto o cão procedia ao varrimento das salas onde os suspeitos de terrorismo se escondiam, um deles disparou-lhe vários tiros, revelando-se fatais. A sua autópsia, realizada no 54º Hospital Veterinário do Exército, revelou que fora atingido 10 vezes e que apresentava uma fractura no fémur.

Morto em combate e homenageado a título póstumo numa cerimónia realizada no quartel-general do 10º Sector Rashtriya, várias coroas de flores foram colocadas ao lado seu féretro pelo General Officer Commanding Kilo Force of Rashtriya Rifles e outros oficiais superiores. Após esta cerimónia, este Malinois foi sepultado no terreno da unidade que tão valentemente serviu – a 26ª Army Dog Unit.

Cães de guerra são soldados como os humanos que os acompanham, merecendo por isso ser igualmente homenageados, nem que seja para serem lembrados e respeitados, para que o seu sacrifício não tenha sido em vão e votado ao esquecimento.

 

E quando um cão destes morre, morre também um pouco do seu parceiro humano, que o treinou e preparou para enfrentar a morte olhos nos olhos, muito embora no seu íntimo nunca esteja preparado para o perder.

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