MATILHA FAZ UM MORTO

 

Por razões de segurança e subsistência, quanto mais recôndito é um lugar habitado maior é a possibilidade de encontrarmos vários cães, por norma amatilhados e pouco dados a desconhecidos, que são tratados normalmente como intrusos. Na comunidade isolada e remota de Panguru, na região de Hokianga, em Northland, na Nova Zelândia, ontem ao início da tarde, um homem foi mordido até à morte por uma matilha constituída por seis cães vindos de uma propriedade próxima do local do trágico incidente.A polícia foi chamada a intervir, tomou conta da ocorrência e junto com o pessoal do controlo animal tentou encarcerar aqueles cães na propriedade donde haviam saído. Apesar dos seus esforços, quatro cães voltaram a evadir-se e mostraram-se extremamente agressivos.

Na tentativa de recapturá-los, um dos cães foi baleado e morreu, encontrando-se os três restantes a monte. Como se trata de animais perigosos, a polícia está a alertar os moradores daquele remoto lugar para ficarem atentos aos 3 cães e para chamarem a polícia caso sejam avistados. O ataque de uma matilha animal com tal número de cães, mesmo sem treino específico, como ficou provado, por ser de difícil defesa para um homem surpreso e desarmado, sendo normalmente letal e, quando o não é, acabará por deixar profundas marcas físicas e psíquicas nas vítimas. Um disparate destes aponta somente para o responsável dos animais que os deveria ter devidamente seguros. É possível que doravante os tenha, debaixo da velha política de “casa roubada, trancas à porta”. A morte de um indivíduo perpetrada por uma matilha de cães não é uma morte santa, mas um flagelo horrível, provavelmente idêntico ao suplício dos primeiros cristãos em Roma quando eram lançados às feras. Estamos no verão e as caminhadas pelo campo sucedem-se umas atrás das outras, seja cauteloso ao fazê-lo, informe-se previamente das vantagens e desvantagens de cada percurso e da sua sinuosidade, bem como da existência ou não de cães de guarda ou guardadores de rebanho – zele pela sua segurança e pela dos seus (cão inclusive).