quarta-feira, 17 de agosto de 2022

M-81: O CÃO DO FIM DO MUNDO

 

Na tentativa de minorar os efeitos das sanções económicas internacionais impostas à Rússia, Putin apareceu recentemente num certame de armamento, onde fez saber que tinha armas de última geração para vender aos países seus amigos da Ásia, África e América Latina. Uma das armas que fez mais furor foi o M-81, um cão-robot em tudo idêntico ao norte-americano Spot da Boston Dynamics, mas que vem equipado com uma RPG-26 (Rocket-Propelled Grenade), um lança-foguetes equipado com uma ogiva explosiva, um míssil. Este cão de lata, que é capaz de disparar, segundo dizem os seus construtores (JSC Intellect Machine), tem a capacidade de executar funções de patrulhamento, de transportar armamento e munições, podendo ainda ser usado para entregar medicamentos em zonas de conflito ou de emergência. De acordo com as especificações adiantadas no seu site oficial, o M-81 mede 58 cm de comprimento, pesa 12 kg (mais leve que um Malinois) e é capaz de transportar cargas dos 3 aos 10 kg. Tem integrado no seu corpo um sistema sensorial com 5 câmeras de profundidade que funcionam com recurso à inteligência artificial. Tal como um cão real, o M-81 tem um sistema de busca inteligente que lhe permite acompanhar um ser humano, move-se silenciosamente e tem uma velocidade máxima de 17 km/h. Oxalá este cão nunca venha a ser utilizado porque ninguém merece ser morto por uma máquina, mormente crianças inocentes, sejam elas europeias, asiáticas americanas ou africanas. Não me posso acanhar e fugir à verdade: o M-81 e os seus congéneres são cães que anunciam grande mal, quiçá o Apocalipse, apressando o fim de muitos, não de lata, mas de carne e osso como nós.

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