sexta-feira, 26 de agosto de 2022

SINAIS DA VELHA INIMIZADE ENTRE PAQUISTANESES E CÃES

 

Se no mapa consigo ver claramente onde acaba o Afeganistão e começa o Paquistão, culturalmente não encontro grandes diferenças entre os povos dos dois países vizinhos, havendo afegãos que são paquistaneses quando lhes convém e paquistaneses pró Afeganistão, o que torna aquela zona do globo no barril de pólvora pronto a explodir ou a mandar outros pelos ares, não se sabendo ao certo quem é aliado ou inimigo de quem, seguindo a máxima política que diz “aquilo que hoje é verdade, amanhã é mentira!” Apesar da esmagadora maioria dos muçulmanos considerar os cães impuros e capazes de conspurcar os crentes do Islão, o que tem levado ao abate assaz cruel de milhares de cães, as grandes cidades do Paquistão continuam a ser assoladas por grande número de cães abandonados.

Sempre que ocorre um incidente com algum destes animais, logo os media paquistaneses relevam o acontecido e apelam a uma cruzada contra os cães de rua, movidos mais por fervor religioso do que por outro motivo qualquer, solicitando do governo soluções radicais que não surtiram o efeito esperado no passado-recente. Assim se compreende uma notícia datada de hoje do jornal paquistanês editado em língua inglesa “THE NATION”, sediado em Lahore, onde se destaca o título “Stray Dogs Attack Anti-Polio Team, Injure One”.

A notícia dá conta de uma equipa de combate à poliomielite ter sido atacada por cães de rua nas proximidades de Chowk Azam, na Cidade de Layyah, ferindo uma funcionária que se encontrava de serviço, uma senhora chamada Nasreen Parveen, que foi levada a um hospital para tratamento e que regressou depois a casa. Relatados os factos, logo vem o “apelo”: “Cidadãos de Layyah reclamaram que, apesar das suas repetidas e frequentes reclamações, apenas receberam das autoridades um silêncio ensurdecedor acerca da questão dos cães vadios. Apesar do Paquistão ter registado um aumento dos ataques de cães vadios, as nossas autoridades parecem não estar ainda prontas para acordar do seu sono profundo.” Como resultado disto, dentro em breve serão envenenados ou abatidos milhares de cães que encherão os acessos da cidade com os seus cadáveres.

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