quarta-feira, 10 de agosto de 2022

A DANÇA DO TIO E DA SOBRINHA

 

Tal como um encontro entre dois velhos conhecidos que não se viam há muito, assim foi o radiante encontro entre os CPA’s Paco e Gaia, dois negros que são tio e sobrinha, animais muito iguais em termos de carácter, disponibilidade, velocidade e resistência, apesar da evidência do dimorfismo sexual. Mal tiveram oportunidade para isso, depois de se apanharem soltos, empreenderam uma dança inebriante em torno um do outro e à volta dos seus condutores, arriscando pregar-lhes um valente piparote. As fotos acima e seguinte disso dão mostra, da brincadeira desenfreada que os Pastores empreenderam.

O trabalho de ontem assentou sobre uma caminhada com 3 km de extensão, tirada a partir dos comandos básicos de obediência e dos subsídios direccionais mais comuns, realizada em diferentes frentes de acordo com as circunstâncias, tendo em conta a nossa preocupação com a sociabilização e o fortalecimento do carácter dos nossos cães. A evolução alinhada “em frente por 3”, para além de intimidar quem connosco se cruza, o que não é nosso objectivo, acaba por ajudar no controlo dos cães por força dos alinhamentos que lhes são requeridos. Por outro lado, o alinhamento dos cães tende a evitar a aproximação de um canito mais atrevido, barulhento, beligerante ou agressivo. Também os cães mais pequenos, naturalmente hostis e por isso mesmo provocadores, optam por permanecer calados perante tal manifestação de coesão e força. E como sem provocação não há reacção, os cães escolares evoluíram descontraidamente sem se importar com os demais.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: João/Paco; Jorge/Gaia; Paulo/Bohr e Stephanie/Reva, participando a macaense só no culminar dos trabalhos. A reportagem fotográfica foi garantida pelos mesmos e algumas fotos são da autoria do Jorge Guerreiro. A temperatura do ar baixou significativamente este mês, passando dos trinta e muitos graus para os vinte e poucos, o que torna os fins de tarde menos aprazíveis. Temos dado a preferência aos trabalhos citadinos em relação aos campestres por causa das carraças, já que os donos não usam pipetas e não trazem coleiras insecticidas ao pescoço, estando por isso vulneráveis à febre provocada por estes pequenos aracnídeos ectoparasitas hematófagos. Quanto ao trabalho desenvolvido, nada há a acrescentar.

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