Cansado
de ver no passado-recente “cães de resgate” a atacar resgatados e de ver cães nas
mãos de ineptos à procura de outros, dando assim azo à supremacia do instinto
de caça sobre a detecção induzida, o que lamentavelmente contribuirá para o
menor préstimo desses cães, apraz-me contar o ocorrido por estes dias em Bad
Heilbrunn, município alemão no distrito de Bad Tölz-Wolfratshausen, na região
de Oberbayern, no estado de Bayern (Baviera), onde o Goldendoodle Balu (na foto
seguinte) fugiu de casa na manhã de anteontem, quarta-feira, dia 10 de agosto,
sendo procurado desesperadamente neste município durante 2 dias.
Por
volta das 03h30 de hoje, Jörg Bauer, dono do cão em fuga, recebeu uma chamada
telefónica de uma moradora em Bierhäuslweg a dizer que ouviu um ladrar alto
naquela área, ladrar que atribuiu ao cão desaparecido. Sem saber o que fazer, a
família Bauer foi aconselhada pela Unidade Canina K9, a percorrer a pé o
caminho entre o local do último avistamento do cão e a sua casa, no intuito de
reavivar o seu odor e de facilitar assim o retorno do animal, o que veio a
acontecer às 06h00 de hoje, com o Balu a uivar à porta de casa.
Esta
é a estratégia mais correcta a empreender, certamente melhor do que o dono se
pôr a caminho de quatro patas no chão por ausência de outro cão! Se quero ter
um ou mais cães para procurar outros iguais, então devo especializá-los nisso,
jamais utilizando cães de detecção específica ou cães experimentados a perseguir
e a rondar, porque os primeiros ao fazê-lo, pela confusão operada, poderão
tornar-se imprestáveis e os últimos com facilidade aprenderão a atacar outros
cães, o que a ninguém serve. E depois, atendendo ao número de cães que por aí
há, dificilmente pregaremos olho durante a noite, especialmente se o cão estiver
no quintal. Havendo essa possibilidade, sempre será melhor reforçar o odor dos
donos nos possíveis trajectos de retorno a casa do que usar outro cão
não-especializado, até porque se corre o risco de perdermos os dois.
PS: Se porventura um cão fugir de casa em consequência de maus-tratos, abominará o odor dos seus donos e jamais retornará a casa por si, o que obrigará aos mais variados meios de busca, não se excluindo a hipótese do uso de drones.
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