sexta-feira, 29 de maio de 2020

UM DIA QUE VALEU A PENA!

Ontem trabalhámos afincadamente várias disciplinas cinotécnicas e alcançámos os resultados esperados. Exercícios de Técnica de Condução, agility, recusa de engodos, endurance e guarda preencheram o nosso tempo útil, esforçando-nos em todos para que nenhuma meta ficasse por cumprir. Na foto acima e para a história, vemos o Afonso a conduzir a Nasha sobre cinco verticais consecutivas (2 m de comprimento elevados a 60 cm de altura), o que é uma boa marca inicial. Na foto seguinte vemos o Jorge num percurso de Técnica de Condução com o Labrador Soneca. 
Na foto abaixo e em plano de pormenor, vemos uma das armadilhas que usámos na recusa de engodos, primeiro dos trabalhos para alcançar a incorruptibilidade canina e decorrente das prévias medidas de prevenção para esse fim.
Estas armadilhas clássicas, muitas vezes designadas por “ratoeiras americanas”, foram distribuídas pelo perímetro escolar e camufladas entre a vegetação rasteira. Algumas, dependendo da sua pintura camuflada, chegaram a ser colocadas em zonas abertas e caminhos livres de qualquer vegetação. As ratoeiras estavam abonadas de chouriço e os cães depressa aprenderam a evitá-las. Na foto abaixo vemos a Keila a farejar uma.
Conforme esperávamos, a Keila teve ontem “um dia sim”, ultrapassando as suas duas primeiras verticais conjuntas. O desempenho da pequena cadela ficou a dever-se também ao empenho da sua condutora, que finalmente decidiu correr, “chegar-se à frente”, conforme atesta a foto seguinte.
Não tão rápido como um caracol, mas com a rapidez possível, o Pedro lá vai aprendendo a fazer a marcação dos saltos à Nala, CPA que o adora e que merece dele todo o carinho e admiração, porque a Pastora segue-o para todo o lado como uma sombra e não deixa que ninguém se aproxime repentinamente do seu dono. Ontem os trabalhos correram bem aos dois.
Decididamente, há que tirar o chapéu ao Labrador Soneca, porque apesar das suas limitações genéticas e entraves morfológicos, nunca quer ficar para trás de ninguém e todos os dias se excede. Como está a chegar ao seu limite atlético, daqui para a frente irá ser encaminhado para uma disciplina cinotécnica específica e da sua eleição.
Na perseguição, a Nala obrigou o Afonso a correr que nem um desalmado, a uns quantos saltos de recurso e a meia-dúzia de quedas na máscara (decúbito ventral). Esta cachorra CPA, no que ao seu carácter diz respeito e atendendo à sua idade, está num excelente nível, carecendo no entanto de um desempenho atlético capaz de fazer prevalecer a sua vontade.
O Soneca, o nome é enganador e o cão não é dado a “siestas”, nunca está parado: ou vai a caminho ou está de regresso! Nas perseguições arranca que nem um toiro bravo e nunca desiste, só parando depois de obrigar a presa à imobilização.
Não, a Nasha não está a caçar o dono, mas sim a acompanhá-lo num percurso de ginástica que endereçámos ao Afonso. Acostumada a pular vezes sem conta para muscular, ao ver o seu dono naquele trabalho e obrigada pela cumplicidade, decidiu fazer o mesmo percurso – é bom ter uma cadela assim!
É natural que um Malinois, um Pastor Alemão ou um Fila adoram a ginástica, o que não é natural e é de louvar é ver um Labrador decidido, saltador e infatigável. Era inevitável e todos sabíamos disso: o Soneca também iria acompanhar o Jorge no seu percurso. Ao olhar para o desempenho atlético do homem, uma dúvida paira na minha cabeça: será que estaremos perante mais um caso de transferência física e anímica do dono para o cão? Eu ia jurar que sim!
No final dos trabalhos convidámos o CPA Bohr a saltar por cima de um Moto4 e do seu condutor. O Bohr está agora gordo e enferrujado, mas não tanto como o seu condutor, precisando de exercitar-se para além das “mijinhas” contra as árvores.
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Afonso/Nasha; Jorge/Soneca; Patrícia/Keila, Paulo/Bohr e Pedro/Nala. As fotografias estiveram a cargo do Zé e do Paulo Jorge. O trabalho correu para além do esperado e hoje iremos dar-lhe continuidade, pelo que mais tarde daremos notícia do que andámos a fazer.

Sem comentários:

Enviar um comentário