Ontem
trabalhámos afincadamente várias disciplinas cinotécnicas e alcançámos os
resultados esperados. Exercícios de Técnica de Condução, agility, recusa de
engodos, endurance e guarda preencheram o nosso tempo útil, esforçando-nos em
todos para que nenhuma meta ficasse por cumprir. Na foto acima e para a
história, vemos o Afonso a conduzir a Nasha sobre cinco verticais consecutivas
(2 m de comprimento elevados a 60 cm de altura), o que é uma boa marca inicial.
Na foto seguinte vemos o Jorge num percurso de Técnica de Condução com o
Labrador Soneca.
Na foto abaixo e em plano
de pormenor, vemos uma das armadilhas que usámos na recusa de engodos, primeiro
dos trabalhos para alcançar a incorruptibilidade canina e decorrente das prévias
medidas de prevenção para esse fim.
Estas armadilhas
clássicas, muitas vezes designadas por “ratoeiras americanas”, foram
distribuídas pelo perímetro escolar e camufladas entre a vegetação rasteira.
Algumas, dependendo da sua pintura camuflada, chegaram a ser colocadas em zonas
abertas e caminhos livres de qualquer vegetação. As ratoeiras estavam abonadas
de chouriço e os cães depressa aprenderam a evitá-las. Na foto abaixo vemos a
Keila a farejar uma.
Conforme esperávamos, a
Keila teve ontem “um dia sim”, ultrapassando as suas duas primeiras verticais
conjuntas. O desempenho da pequena cadela ficou a dever-se também ao empenho da
sua condutora, que finalmente decidiu correr, “chegar-se à frente”, conforme
atesta a foto seguinte.
Não tão rápido como um
caracol, mas com a rapidez possível, o Pedro lá vai aprendendo a fazer a
marcação dos saltos à Nala, CPA que o adora e que merece dele todo o carinho e
admiração, porque a Pastora segue-o para todo o lado como uma sombra e não
deixa que ninguém se aproxime repentinamente do seu dono. Ontem os trabalhos
correram bem aos dois.
Decididamente, há que
tirar o chapéu ao Labrador Soneca, porque apesar das suas limitações genéticas
e entraves morfológicos, nunca quer ficar para trás de ninguém e todos os dias
se excede. Como está a chegar ao seu limite atlético, daqui para a frente irá
ser encaminhado para uma disciplina cinotécnica específica e da sua eleição.
Na perseguição, a Nala
obrigou o Afonso a correr que nem um desalmado, a uns quantos saltos de recurso
e a meia-dúzia de quedas na máscara (decúbito ventral). Esta cachorra CPA, no
que ao seu carácter diz respeito e atendendo à sua idade, está num excelente
nível, carecendo no entanto de um desempenho atlético capaz de fazer prevalecer
a sua vontade.
O Soneca, o nome é
enganador e o cão não é dado a “siestas”, nunca está parado: ou vai a caminho
ou está de regresso! Nas perseguições arranca que nem um toiro bravo e nunca
desiste, só parando depois de obrigar a presa à imobilização.
Não, a Nasha não está a
caçar o dono, mas sim a acompanhá-lo num percurso de ginástica que endereçámos
ao Afonso. Acostumada a pular vezes sem conta para muscular, ao ver o seu dono
naquele trabalho e obrigada pela cumplicidade, decidiu fazer o mesmo percurso –
é bom ter uma cadela assim!
É natural que um Malinois,
um Pastor Alemão ou um Fila adoram a ginástica, o que não é natural e é de
louvar é ver um Labrador decidido, saltador e infatigável. Era inevitável e
todos sabíamos disso: o Soneca também iria acompanhar o Jorge no seu percurso.
Ao olhar para o desempenho atlético do homem, uma dúvida paira na minha cabeça:
será que estaremos perante mais um caso de transferência física e anímica do
dono para o cão? Eu ia jurar que sim!
No final dos trabalhos
convidámos o CPA Bohr a saltar por cima de um Moto4 e do seu condutor. O Bohr
está agora gordo e enferrujado, mas não tanto como o seu condutor, precisando de exercitar-se para além das “mijinhas” contra as árvores.
Participaram nos trabalhos
os seguintes binómios: Afonso/Nasha; Jorge/Soneca; Patrícia/Keila, Paulo/Bohr e
Pedro/Nala. As fotografias estiveram a cargo do Zé e do Paulo Jorge. O trabalho
correu para além do esperado e hoje iremos dar-lhe continuidade, pelo que mais
tarde daremos notícia do que andámos a fazer.
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