Há medida que o Verão se
aproxima é difícil ficar em casa. O calor que traz convida-nos para o ar livre,
para o campo e para a praia, para o relaxe e evasão, para dar a cara à brisa
que passa e enveredar pelos sonhos, num trilho florestal, à beira de um lago,
no sopé de uma montanha ou do alto de um parapente. No Verão, pelo bem que a
todos faz, caso fosse possível, ninguém deveria trabalhar, para que a estação sempre
fosse um estio de felicidade e um raro momento para o amor.
Mas, infelizmente, a
maioria das pessoas acaba por trabalhar “abusivamente” na época estival, com
horários iguais e com a mesma hora de saída, o que acaba por institucionalizar
também os seus locais e horários de evasão, gerando inevitáveis incómodos,
atropelos e conflitos pela superlotação, indo por vezes os cães para o lugar
dos ciclistas, os caminhantes para o lugar dos cães e os ciclistas para o lugar
reservado aos caminhantes. Agora, com o aliviar das medidas contra o Covid-19 e
a chegada do Verão, estes conflitos voltarão a reacender-se como se fizessem
parte da estação.
Hoje durante a noite, na
longínqua e pacata Nova Zelândia, na Região de Northland e no Twin Coast Cycle
Trail, a um quilómetro do seu final, um ciclista de 40 e poucos anos foi
atirado ao chão e mordido repetidamente por um cão do tipo Pitbull que se
encontrava à solta e que o mordeu desde a barriga da perna até ao tornozelo,
antes que alguns transeuntes conseguissem travar o ataque do cão, propriedade
de um casal que percorria aquele mesmo trilho e que também se fazia acompanhar
por um Shi Tzu, que não participou do ataque.
O desafortunado ciclista
foi transportado para o Hospital Bay of Islands, em Kawakawa, onde recebeu 14
pontos e uma injecção contra o tétano. As equipas de resgate do ciclista
sinistrado conseguiram os contactos e o registo do veículo dos proprietários do
cão agressor. A polícia tomou conta da ocorrência, procura agora testemunhas do
incidente e o ataque foi relatado ao controle de animais do Distrito do Extremo
Norte, que está agora a investigar o caso. Como no local onde tudo aconteceu, numa
ciclovia, os cães são obrigados a andar à trela, os donos do cão agressor estão
agora a contas com a justiça.
Neste Verão, em trilhos
idênticos e noutros frequentados por caminhantes e ciclistas, mantenha o seu
cão atrelado conforme estipula a lei, porque doutro modo e em caso de acidente,
mesmo que o seu cão não tenha sido o responsável, o facto de o trazer solto já
o coloca a si em contravenção com a lei, o que pode torná-lo imediatamente
responsável pelo ocorrido ou isentá-lo de alguma indemnização, uma vez que os
cães soltos tanto podem causar dolo como sofrê-lo – SEJA RESPONSÁVEL!
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