O cão “Flocki” foi hoje
sepultado num túmulo para humanos e animais no cemitério de Hamburg-Ohlsdorf,
tornando-se no primeiro cão a ser enterrado num túmulo destes. A sua dona, a
Srª Ingrid B., que continua viva e já leva 72 primaveras, faz questão, quando
chegar a sua hora, de vir a ser enterrada ao lado do seu animal de estimação,
por ter sido “um amigo, de quem realmente sente falta”, conforme disse à Agência
de Notícias Católica (KNA). Já existem na Alemanha 150 cemitérios para animais,
mas os sepultamentos conjuntos de humanos e animais dificilmente têm sido
possíveis. Chamados a pronunciar-se sobre o assunto, os cidadãos de Hamburgo aprovaram
em Outubro passado o sepultamento humano-animal e desde o dia 1 de Março,
altura em que a nova lei entrou em vigor, os donos dos animais já podem ser
enterrados com eles.
Num
túmulo adquirido anteriormente, os donos dos animais podem enterrar uma urna
com as cinzas de um animal no local onde irão descansar para sempre. Para esta
finalidade, o Cemitério de Ohlsdorf designou um talhão com 200 metros
quadrados. Para facilitar a decisão dos donos acerca do túmulo comum, a
direcção do cemitério mandou construir alguns túmulos modelo como inspiração na
área (o velho pragmatismo germânico até nas necrópoles impera!). De acordo com
Lutz Rehkopf, porta-voz da empresa "Hamburger Friedhöfe", a resposta
à oferta tem sido "extraordinariamente positiva". Até agora, segundo
ele, 11 sepulturas já foram concedidas e já aconteceram 150 consultas para a
aquisição de sepulturas conjuntas de pessoas e animais. Rehkopf acredita que o
coronavírus levou as pessoas a pensar de maneira diferente, porque doutro modo, metade do espaço destinado às sepulturas conjuntas já estaria ocupado. O
extinto “Flocki”, o primeiro cão a ser sepultado em cemitério humano na
Alemanha, descansa agora in perpetuum
perto de gente famosa, como é o caso de Helmut Schmidt, Chanceler da Alemanha
Ocidental entre 1974 e 1982. Diante destes factos, fica-se com a sensação de que o amor pelos
animais é superior ao dos casamentos felizes, que normalmente cessam com
a morte de um dos cônjuges.
PS: O sepultamento
conjunto de humanos e animais não é coisa de hoje, já remonta há Pré-história.
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