Lamentavelmente a maior
parte dos cães que são atropelados tem dono, fenómeno que se compreende pelo
descuido e mau exemplo dado pelos seus proprietários, agindo os animais por
imitação. Dono que aleatoriamente atravessa as ruas desconsiderando as
passagens para peões, sem dar por isso, está a condicionar o seu cão a fazer o
mesmo e a comprometer a sobrevivência do animal. Todo o cão verdadeiramente condicionado
a procurar as passagens para peões e a observar antes de atravessar fá-lo-á
sempre, mesmo que seja conduzido por outra pessoa que não o dono. Os cães
passam a sua curta existência a observar-nos, a copiar alguns dos nossos
comportamentos sociais, o que nos obriga a dar-lhes bons exemplos, coisa que
uma jovem de 17 anos não fez anteontem em Horb am Neckar, cidade alemã, no Distrito
de Freudenstadt, na região administrativa de Karlsruhe, estado de
Baden-Württemberg, quando pelas 22h08 decidiu atravessar a linha do comboio com
o seu cão num lugar impróprio e não autorizado.
Surpreendida por um
comboio intercidades e vendo que não conseguia chegar ao cais da estação a
tempo, aninhou-se com a sua cadela entre o cais e a linha, escapando ilesas
miraculosamente. Tanto a jovem como o maquinista da composição ficaram chocados
com o acidente. Perante o ocorrido, que poderia ter um final trágico, a polícia
federal, que foi chamada ao local, alertou para os perigos de andar pelas
linhas dos comboios, dizendo: “Apenas cruze as linhas nos locais oficialmente
destinados para isso”. Se esta jovem não mudar de procedimento na travessia das
linhas ferroviárias e a sua cadela um dia se soltar indevidamente, o animal irá
fazer o mesmo e isso poderá ser-lhe fatal. Quer queiramos ou não, os donos será
sempre agentes pedagógicos dos seus cães.
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