domingo, 3 de maio de 2020

LÁ VEM A SÉTIMA!

Em 19 anos construímos 6 pistas tácticas, 4 no Distrito de Lisboa, 1 no Distrito de Leiria e outra no Distrito de Santarém. Ao que tudo indica, iremos montar a 7ª e ontem trabalhámos nos seus futuros terrenos, debaixo de um sol abrasador e sobre um chão vermelho vivo a lembrar Terras de Vera Cruz. Com os obstáculos em construção, fomos obrigados a valer-nos do que podia substituí-los e não nos demos mal. Na foto seguinte vemos a Svetlana a saltar com o Fila Vlad um banco corrido tombado.
O Soneca foi também convidado para a mesma transposição, dando a princípio saltos inusitados, porque desenvolveu o mau hábito de se empoleirar em tudo o que encontra, mesmo quando convidado a saltar. Na foto abaixo é possível vê-lo a executar um salto côncavo algo estranho.
Como o Afonso não se encontrava presente, por motivos ligados ao “Dia da Mãe”, coube ao pai conduzir a Nasha. A Fila entrou em campo como se estivesse num piquenique, mostrando-se mais preocupada em afastar os outros cães do Vlad.
Na foto seguinte vemos o Labrador Soneca a saltar um obstáculo com 90 cm de altura, onde é visível o excessivo assentamento de dorso, pormenor que o obriga a empoleirar-se na linha dos saltos para alcançar uma chegada ao solo mais segura (equilibrada).
Para ajudar a educar os olhos a quem quer aprender e compreender a diferença entre um salto anómalo (côncavo) e um correcto (convexo), convidamos a Nasha a executar o mesmo salto, que o executou à vontade e sem reparos, dentro da curvatura de salto esperada.
Com parte dos “bidões” já pronta, convidámos o Vlad para ultrapassá-los. Apesar da sua dificuldade inicial, relacionada com o facto de não ver a saída do obstáculo (os cães não são doidos), depois de ultrapassá-lo pela primeira vez, começou a fazê-lo com maior confiança.
Já o Soneca não se intimidou e avançou decididamente para o obstáculo como se fosse já seu conhecido. Ao olharmos para a cabeça do cão facilmente “adivinhamos” quais são as suas intenções, soltar do alto do obstáculo sem passar pelo bidão de baixo.
No salto desta vertical crua, o Soneca esteve irrepreensível, descrevendo a curvatura certa para levar de vencida o obstáculo que tinha na frente. Recto de angulações traseiras é obrigado a “acachapar” a cabeça na espádua por trazer a “garupa às costas” (se fosse um cavalo dir-se-ia que “tinha o pescoço invertido), pormenor biomecânico de origem genética difícil de suavizar (breve o Extensor de Solo virá em sua ajuda).
Certo é que o Soneca saiu do treino a fazer tudo correctamente, inclusive os bidões, que acabou por pisar todos. Com a alegria que lhe é reconhecida, executou várias sequências de obstáculos a alta velocidade.
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: João/Nasha, Jorge/Soneca, Paulo/Bohr e Svetlana/Vlad. As fotos foram do Paulo Jorge, o sol fez-se sentir e saímos do treino satisfeitos, ainda que suados e mais bronzeados. Convém dizer, e aqui fala a experiência, que o sol quando bate em terras lusas é muito mais abrasador do que aquele que se faz sentir mais perto da linha do equador. Terminamos ontem há meia-noite o “Estado de Emergência” e entrámos hoje no “Estado de Calamidade”, o que significa que passámos para a 2ª fase do Covid-19. Deseja-se que o número de mortos cesse, que o número de infectados seja bem menor e que todos tenham cura.

Sem comentários:

Enviar um comentário