Em 19 anos construímos 6
pistas tácticas, 4 no Distrito de Lisboa, 1 no Distrito de Leiria e outra no
Distrito de Santarém. Ao que tudo indica, iremos montar a 7ª e ontem
trabalhámos nos seus futuros terrenos, debaixo de um sol abrasador e sobre um chão
vermelho vivo a lembrar Terras de Vera Cruz. Com os obstáculos em construção,
fomos obrigados a valer-nos do que podia substituí-los e não nos demos mal. Na
foto seguinte vemos a Svetlana a saltar com o Fila Vlad um banco corrido
tombado.
O Soneca foi também
convidado para a mesma transposição, dando a princípio saltos inusitados, porque
desenvolveu o mau hábito de se empoleirar em tudo o que encontra, mesmo quando
convidado a saltar. Na foto abaixo é possível vê-lo a executar um salto côncavo
algo estranho.
Como o Afonso não se
encontrava presente, por motivos ligados ao “Dia da Mãe”, coube ao pai conduzir
a Nasha. A Fila entrou em campo como se estivesse num piquenique, mostrando-se
mais preocupada em afastar os outros cães do Vlad.
Na foto seguinte vemos o
Labrador Soneca a saltar um obstáculo com 90 cm de altura, onde é visível o excessivo
assentamento de dorso, pormenor que o obriga a empoleirar-se na linha dos saltos
para alcançar uma chegada ao solo mais segura (equilibrada).
Para ajudar a educar os
olhos a quem quer aprender e compreender a diferença entre um salto anómalo
(côncavo) e um correcto (convexo), convidamos a Nasha a executar o mesmo salto,
que o executou à vontade e sem reparos, dentro da curvatura de salto esperada.
Com parte dos “bidões” já
pronta, convidámos o Vlad para ultrapassá-los. Apesar da sua dificuldade
inicial, relacionada com o facto de não ver a saída do obstáculo (os cães não
são doidos), depois de ultrapassá-lo pela primeira vez, começou a fazê-lo com
maior confiança.
Já o Soneca não se
intimidou e avançou decididamente para o obstáculo como se fosse já seu
conhecido. Ao olharmos para a cabeça do cão facilmente “adivinhamos” quais são
as suas intenções, soltar do alto do obstáculo sem passar pelo bidão de baixo.
No salto desta vertical
crua, o Soneca esteve irrepreensível, descrevendo a curvatura certa para levar
de vencida o obstáculo que tinha na frente. Recto de angulações traseiras é obrigado
a “acachapar” a cabeça na espádua por trazer a “garupa às costas” (se fosse um
cavalo dir-se-ia que “tinha o pescoço invertido), pormenor biomecânico de
origem genética difícil de suavizar (breve o Extensor de Solo virá em sua
ajuda).
Certo é que o Soneca saiu
do treino a fazer tudo correctamente, inclusive os bidões, que acabou por pisar
todos. Com a alegria que lhe é reconhecida, executou várias sequências de
obstáculos a alta velocidade.
Participaram nos trabalhos
os seguintes binómios: João/Nasha, Jorge/Soneca, Paulo/Bohr e Svetlana/Vlad. As
fotos foram do Paulo Jorge, o sol fez-se sentir e saímos do treino satisfeitos,
ainda que suados e mais bronzeados. Convém dizer, e aqui fala a experiência,
que o sol quando bate em terras lusas é muito mais abrasador do que aquele que
se faz sentir mais perto da linha do equador. Terminamos ontem há meia-noite o “Estado
de Emergência” e entrámos hoje no “Estado de Calamidade”, o que significa que
passámos para a 2ª fase do Covid-19. Deseja-se que o número de mortos cesse,
que o número de infectados seja bem menor e que todos tenham cura.
Sem comentários:
Enviar um comentário