Eu sei porquê, mas não
entendo por que razão saem certos cães das “escolas” a morder a torto e a
direito, inclusive a cegos, deficientes físicos, idosos incapacitados, a
crianças a brincar e a minorias raciais, animais para quem uma simples bengala
é uma séria ameaça, comportamentos diferentes são confundidos com provocação e
odores específicos como indício de presa. Que eu saiba, os cães vão para a
escola para “afinar agulhas”, para não causarem acidentes, para poupar
inocentes e aprenderem a coabitar harmoniosamente em sociedade, acerto que é
mais do que obrigatório para os cães de guarda, que para todos os efeitos são
armas e podem ser letais. Diante desta necessidade de acerto, a sociabilização
canina é indispensável e sê-lo-á ainda mais junto dos grupos de risco atrás
mencionados, que por razões de apresentação ou comportamento, sempre acabam por
surpreender os cães e suscitar deles uma reacção instintiva que importa
contrariar.
Vamos a um caso acontecido
ontem na cidade alemã de Glauchau, na Saxónia, por volta das 16h30, quando uma
senhora de 84 anos, ao sair de um supermercado na Schönburgstrasse, foi
subitamente atacada por um mestiço de Boxer com Stafford que a mordeu várias
vezes. O cão encontrava-se preso num suporte para bicicletas, mas ao esticar a
trela conseguiu alcançar a octogenária e saltar para ela. A idosa ficou
gravemente ferida e teve que receber tratamento hospitalar. É possível que este
cão nunca tenha sido adestrado convenientemente e muito menos sociabilizado
como é exigível e, para agravar a sua situação, também não teve muita sorte com
o dono, que o deveria ter deixado em casa ou açaimá-lo onde o deixou a pensar
no bem-estar dos outros. Com donos assim, dificilmente os seus cães chegarão a
velhos! Para mim, gentalha com procedimentos destes, outra coisa não é do que
um bando de terroristas urbanos. Era só o que faltava - que os idosos poupados
pelo Covid-19 viessem a morrer na boca dos cães!
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