terça-feira, 12 de maio de 2020

E POR FALAR EM SPRAYS

Vamos primeiro a um episódio caricato que se passou ontem em Bruchsal, cidade alemã pertencente ao Distrito de Karlsruhe, no Estado de Baden-Württemberg, onde um idoso de 85 anos, aparentemente por medo, fez um tremendo disparate. Quando este idoso saiu à rua com os seus dois pequenos cães deparou-se com uma família constituída por um pai e dois filhos, que se encontrava também a passear o seu Pastor Alemão.
Ao ver este cão a andar na sua direcção, o octogenário pulverizou-o imediatamente com um spray de gás pimenta. Quando o dono do Pastor Alemão foi indagar o porquê daquela acção, o idoso, sem hesitar, pulverizou-o também e aos seus dois filhos: respectivamente um homem de 51 anos e duas crianças de 9 e 10 anos de idade. Depois do incidente, o octogenário foi indiciado por danos corporais perigosos.
Bem, contra tontos não há remédio, mas importa treinar os cães para que possam defender-se dos sprays, armas geralmente não letais, aqui ilegais e nem por isso menos vistas, geralmente na posse de emigrantes portugueses no espaço europeu, de cidadãos estrangeiros a residir em Portugal e de emigrantes europeus que aqui trabalham, não esquecendo aqueles que fazem disto e doutras coisas um negócio ao transitar amiúde dentro do Espaço Schengen, muito embora do Paquistão tudo possa cá chegar.
Perante estas armas tão eficazes nos raptos e assaltos, próprias para neutralizar pessoas e animais, nem sempre só municiadas com gás pimenta, a primeira linha de defesa das habitações, a confiada aos cães, acaba por ser facilmente desactivada se os animais não aprenderem a sair do raio de acção dos sprays, não aprenderem a avisar 5 metros para lá dos portões, a evitar os ataques frontais e a alterar a natureza das suas capturas, mais-valias que treino oferece pelo condicionamento aturado.
Qualquer cão destinado a guardar um perímetro, se não for objecto de um treino destes, porque não está bem preparado, facilmente poderá vir a ser adormecido e até eliminado como já aconteceu no passado e hoje com o octogenário. Nestas circunstâncias, tanto a desactivação como a eliminação de um cão de guarda treinado só tem um responsável – o seu treinador! Convém não esquecer que estamos cá para aumentar as chances de sobrevivência dos cães e não para encurtar os seus dias.

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