Lamentavelmente, carteiros
e cães têm uma longa história de diferendos por toda a parte, provavelmente
desde que o correio passou a ser distribuído porta-a-porta. Os carteiros de
hoje não são os mesmos de antigamente e no passado havia muito menos cães nas
residências. Os do passado sujeitavam-se a levar umas quantas dentadas e os do
presente não estão para isso, deixam um aviso na caixa do correio dos
interessados a dizer-lhes que vão levantar a sua correspondência à estação dos
correios mais próxima. Mas mesmo assim, nada impede que sejam atacados por um
cão, vindo não se sabe donde, quando se deslocam nas suas bicicletas, como
aconteceu na passada quinta-feira, pelas 10 horas da manhã, em Unterhaching,
segundo maior município do Distrito de Munique, Baviera, Alemanha, onde uma carteira
foi atacada por um cão quando se deslocava na sua bicicleta de serviço.
A carteira, uma senhora de
55 anos de idade, sem saber como nem porquê, foi atacada por um cão que se
escapou do jardim do seu dono, um senhor de 77 anos, que ainda não conseguiu explicar
como o cão se evadiu, dúvida que também intriga a polícia. No comunicado da
ocorrência, hoje tornada pública, as autoridades não divulgaram a localização exacta
do incidente para proteger a identidade da carteira, o que não impedirá que o
dono do cão venha a ser acusado de danos corporais negligentes, caso possa vir
a ser responsabilizado por alguma irregularidade. Felizmente a carteira não
ficou gravemente ferida nem precisou de tratamento hospitalar – tudo não passou
de um susto! Parece que os cães não apreciam muito as bicicletas, porque quando
menos se espera, lá vão mais dois ou três ciclistas parar ao chão (alguns
acabam em muito mau estado e outros chegam a perecer, como aconteceu com
Joaquim Agostinho, o maior vulto do ciclismo nacional de todos os tempos), problema
que a sociabilização canina terá que resolver e que começa com a familiarização
às bicicletas e aos ciclistas.
Por causa disto, muito insistimos nos saltos caninos sobre ambos para que sejam vistos pelos animais como trabalho e não como presas a caçar
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