Em França, segundo um
decreto de lei publicado ontem, os animais doentes podem agora ser seguidos
pelo seu veterinário por teleconsulta, durante um período experimental de 18
meses. Já considerado em 2016, a implementação deste sistema foi acelerada pela
pandemia do coronavírus. De acordo com um comunicado do Ministério da
Agricultura gaulês, o sistema “permitirá que os veterinários localizados
principalmente nas áreas rurais garantam um rigoroso monitoramento dos animais,
evitando assim certos movimentos.” Um dos objectivos principais desta opção,
segundo Jacques Guérin, Presidente do Conselho Nacional da Ordem dos
veterinários, é “reduzir os contactos interpessoais durante o dia (…)
realizando apenas actos essenciais e urgentes, que consistem em cuidar de um
animal doente.”
Outro objectivo da
teleconsulta, segundo o mesmo Guérin, é combater as consequências dos desertos
veterinários, que afectam certas regiões rurais da mesma maneira que os desertos
médicos: “Quando você tem um veterinário numa área de desertificação médica
que, para chegar ao leito do animal, precisa de conduzir uma hora, pode ser
útil saber se essa deslocação é necessária ou não." Além do
estabelecimento da teleconsulta, o decreto assegura outras práticas de
telemedicina em desenvolvimento, fornecendo-lhes uma estrutura reguladora,
como é o caso do telemonitoramento, que permite ao veterinário monitorar
remotamente, por meio de ferramentas equipadas com sensores, a evolução do
estado de saúde de um grupo de animais. A avaliação da teleconsulta será
apresentada em forma de relatório no final de 2021. A exemplo de outras
guerras, a luta contra o Covid-19 também trará a humanidade novos avanços
científicos. Sempre assim foi e penso que assim será.
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