quinta-feira, 7 de maio de 2020

AUTORIZADA A TELECONSULTA EM FRANÇA

Em França, segundo um decreto de lei publicado ontem, os animais doentes podem agora ser seguidos pelo seu veterinário por teleconsulta, durante um período experimental de 18 meses. Já considerado em 2016, a implementação deste sistema foi acelerada pela pandemia do coronavírus. De acordo com um comunicado do Ministério da Agricultura gaulês, o sistema “permitirá que os veterinários localizados principalmente nas áreas rurais garantam um rigoroso monitoramento dos animais, evitando assim certos movimentos.” Um dos objectivos principais desta opção, segundo Jacques Guérin, Presidente do Conselho Nacional da Ordem dos veterinários, é “reduzir os contactos interpessoais durante o dia (…) realizando apenas actos essenciais e urgentes, que consistem em cuidar de um animal doente.”
Outro objectivo da teleconsulta, segundo o mesmo Guérin, é combater as consequências dos desertos veterinários, que afectam certas regiões rurais da mesma maneira que os desertos médicos: “Quando você tem um veterinário numa área de desertificação médica que, para chegar ao leito do animal, precisa de conduzir uma hora, pode ser útil saber se essa deslocação é necessária ou não." Além do estabelecimento da teleconsulta, o decreto assegura outras práticas de telemedicina em desenvolvimento, fornecendo-lhes uma estrutura reguladora, como é o caso do telemonitoramento, que permite ao veterinário monitorar remotamente, por meio de ferramentas equipadas com sensores, a evolução do estado de saúde de um grupo de animais. A avaliação da teleconsulta será apresentada em forma de relatório no final de 2021. A exemplo de outras guerras, a luta contra o Covid-19 também trará a humanidade novos avanços científicos. Sempre assim foi e penso que assim será.

Sem comentários:

Enviar um comentário