De quinze em quinze dias,
por vezes com menos intervalo, aparecem notícias de envenenamento de cães nas agências
noticiosas on-line de língua alemã, referentes a incidentes acontecidos na
Alemanha e na Áustria, muitos dos quais acabam com a morte dos animais, o que é
caricato acontecer em países com tantos especialistas em comportamento animal,
adestradores renomados e onde existem fortes tradições cinológicas. Face à frequência
destas mortes, parece que ninguém se importa com o desaparecimento dos cães.
Desta vez, o caso passou-se em Regensburg, cidade alemã independente do Estado
da Baviera, no passado dia 29 de Abril (na última Quarta-feira), quando um
homem de 62 anos, que passeava o seu cão nas margens do Danúbio, viu piorado o
estado de saúde do animal ao regressar a casa, vindo o cão a morrer nessa mesma
noite. Um caso semelhante já havia sido relatado à polícia na semana passada,
pelo que as autoridades suspeitam de um criminoso desconhecido que anda a
colocar iscas venenosas nas margens do Danúbio.
Como os envenenadores não
trazem as suas intenções escritas na testa e há sempre alguém quem aumente o
seu número por razões várias, só nos resta ensinarmos os cães a recusar
engodos, a desinteressar-se de comida jogada no chão, a não aceitar comida da
mão de estranhos, a aceitar somente a que lhes é dada pelos donos e a comer só
debaixo de ordem expressa. Se assim não procedermos, mais cães irão morrer.
Relembramos aqui para os mais entusiastas, proprietários caninos e adestradores,
que entendem o treino canino como uma brincadeira, que a sua primeira obrigação
enquanto donos e mestres é acautelar e defender a vida dos cães que lhes são
confiados. Se indevidamente nos quedarmos somente pelos “truques” no adestramento,
desprezando ao mesmo tempo todos os comandos relativos à salvaguarda dos
animais, estamos a recriar a actividade circense com animais e a desprezar de
sobremaneira o seu bem-estar e vida. Depois, não vale a pena chorar!
Sem comentários:
Enviar um comentário